quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Resposta para um cliente e amigo com maiores esclarecimentos.


                                                                                          Louis Frankenberg, CFP® 12-12-2015.
A pedido de um cliente de muitos anos que acabou se tornando amigo, neste post estarei me aprofundando um pouco mais na matéria abordada no blog de 19-11-2015. Espero que, também esclareça melhor você, caro leitor para que possa levar estas minhas observações e advertências em boa conta, certamente beneficiando-o em futuro próximo ou mais distante. 
 

Caro amigo R,   
São de fato raras as pessoas que conseguem conscientizar-se em tempo hábil dos seguintes pontos que abaixo procurarei explicitar melhor;
1- que nos tempos atuais a média das pessoas alcançará idade muito mais avançada que antigamente, mas, provavelmente, decorrente deste fato, estarão também menos atentas (alertas) em relação às questões que envolvem a própria proteção de seu patrimônio econômico-financeiro e adicionais rendimentos, com os quais imaginam (e precisam) poder contar na aposentadoria.   
2- de que igualmente precisam se preparar com muito maior antecedência e, levar em conta que, enquanto ainda estão mental e fisicamente espertas e saudáveis, tendo ainda o desejo e motivação para dedicar-se aos próprios interesses com bastante afinco.
3- Haverá igualmente razoável probabilidade de que, com o passar dos anos, menos familiares e/ou terceiros (subentenda-se absolutamente confiáveis) que irão se preocupar honestamente com aqueles seus interesses. Estas eventuais circunstâncias acontecem justamente quando vocês, futuros idosos, mais precisarão de ajuda desinteressada e dedicada! Estou me referindo ao futuro período da 3ª e 4ª idade e, prioritariamente em relação ao pouco caso que está sendo dado pelo poderoso (e indiferente) Estado Brasileiro, em relação à pensão/aposentadoria do “INSS”, Instituto Nacional de Seguridade Social!
Tratem de não precisar depender completamente desta entidade governamental que não prima por uma administração exemplar... e, eventualmente, poderá falhar quando você mais necessitar dela.
4- Da mesma forma, o restante de seu patrimônio financeiro, imobiliário e respectivas fontes de renda deverão sempre possuir índices razoáveis de rendimento e liquidez, acima da inflação corrente e, finalmente com máxima segurança!

Tenho o hábito de ler matérias especializadas em jornais e revistas nacionais e do exterior que abordam as mais diversas modalidades de fundos e investimentos de previdência complementar e que discutem esses assuntos minuciosamente e que são tão relevantes para aposentados e, resultante destas tantas leituras, passei a ter um forte pressentimento de que alguns deles estão sendo administrados de maneira inadequada e às vezes por demais especulativos (não desejando fazer uso de termos mais contundentes para não assustá-lo).
No papel de um observador distante, porém sempre atento e, ainda na condição de consultor e planejador financeiro absolutamente desinteressado, devo dizer-lhe que as raríssimas intervenções de órgãos reguladoras e fiscalizadoras governamentais não exercem suficientemente seu papel controlador e protetor ou, talvez, não tenham suficiente coragem em denunciar abusos cometidos por gestores e dirigentes, comprometendo consequentemente a sua segurança e futuras fontes de rendimento.        
A meu ver, praticamente nenhuma providencia tem sido tomada, caro amigo, para debelar esta eventual, porém, possível futura catástrofe, desde já anunciada.
Estamos lamentavelmente vivendo em nosso país um período muito instável e perturbador, na qual ética e boa governança não mais são automáticas e óbvias. Os hoje considerados antiquados princípios de honesta e boa administração acredito, provavelmente irão atingir negativamente centenas de milhares ou, quem sabe, milhões de pessoas confiantes e ingênuas que continuam acreditando em boa fé, mas que talvez não mais tenham suficientes condições físicas e mentais para se defenderem adequadamente e adotarem em tempo hábil, rumos alternativos e mais realistas. 
O que mais um planejador financeiro poderá lhe aconselhar?  Infelizmente muito pouco a não ser a de lhe alertar e a de lhe abrir ouvidos, olhos e boca!
Por essa mesma razão, analise e compare sempre seus rendimentos com o de outros fundos de pensão, comprove a existência de qualificáveis carteiras de ações e títulos que compõe a carteira e a existência de auditorias regulares de empresas absolutamente idôneas. Peça, (não, exija) de seu consultor financeiro independente e de confiança, que ele estude em profundidade todos esses fatores e que lhe dê sua honesta opinião a respeito.   
 

O que este planejador pode recomendar para você fazer? 
Além do já dito, sempre diversifique, ou seja, planeje colocar os ovos representados por seus investimentos em ninhos diferentes e jamais confie cegamente em vendedores extremamente bem falantes, marketing insistente, mas malicioso, relatórios por demais otimistas e fora da realidade. 
Este planejador financeiro, baseado nos inúmeros anos em que tem atuado como conselheiro para quem queira ouvir seus brados de alerta finalmente aconselha o seguinte;
Digamos que você conseguiu juntar durante 20 a 30 anos uma totalidade de 4, 5 ou 6 formas de investimentos e que não tenham quase nenhuma correlação entre si e, no qual depositou suas economias. 
Considere então que 1 ou talvez 2 dessas distintas formas de acumular capital não mais existirão ou lhe decepcionará devido ao recebimento de baixa remuneração ou ocasionando muitíssimos problemas.
Minha gente é esta a realidade da vida, da lei das probabilidades e você deverá estar preparado para esta real possibilidade! 
Estou consciente de que este vaticínio é pessimista, porém pessoalmente e a luz de anos de observação dos mercados e clientes, me considero uma pessoa com os pés no chão e que sabe do que está dizendo.    
Quem sabe, amigos leitores, eu tenha exagerada na dosagem do dito anteriormente, porém, sinceramente, prefiro que cada um de vocês, futuros aposentados, tenham suas vidas financeiras absolutamente equilibradas e em ordem para poderem usufruir de uma velhice tranquila.
Prefiro mil vezes que vocês, a posteriori, me relembrem de ter sido por demais exagerado e até redondamente errado na minha previsão!
Repito abaixo novamente o que tenho dito inúmeras vezes, àqueles que me consultaram no passado;
"Em país de alto risco, os investimentos que devem garantir e compor as futuras fontes de rendimento de alguém, devem necessariamente ser de baixo risco, pois do contrário este mesmo risco transformar-se-á em exponencial."

 
E com este “post”, encerro o 6º ano de existência deste blog, desejando que todos meus leitores permaneçam felizes, usufruam de muita paz e saúde no ano vindouro, acompanhado de tranquilidade em um país de muito progresso e menos sustos e obstáculos. 
Estarei de volta no começo de Fevereiro 2016. Um apertado abraço a todos,

 

Louis Frankenberg, CPF® São Paulo, 12-12-2015.
E-mail; perfinpl@uol.com.br e lframont@gmail.com

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Você acredita que sabe o significado do que seja Planejamento e Saude Financeira?


Louis Frankenberg, CFP® - 19-11-2015.
Estamos rapidamente nos aproximando do fim do ano de 2015 que será igualmente o 6º ano em que produzo esta coluna a respeito de
  finanças pessoais das pessoas físicas.
Como talvez saibam (ou não), sou o fundador e  fui o 1º presidente do Instituto que certifica os profissionais financeiros que atuam como interlocutores e planejadores financeiros aqui em nosso país. Chama-se IBCPF e fornece o selo de qualidade “CFP®. (www.ibcpf.org.br)  Mais de 3.000 profissionais pertencentes aos maiores bancos e outras entidades financeiras trabalham com as características específicas de como cuidar melhor das finanças pessoais.
Hoje desejo abordar o tema que realça um aspecto que sinto que não está totalmente entendido por muitos dos meus colegas e bem menos pelo publico em geral.
Quando abordado como profissional, a primeira coisa que a maioria das pessoas logo me pede para citar é de quais são a meu ver os melhores investimentos para colocarem suas suadas economias. 
O grande diferencial de nossa profissão é holisticamente abordar o tema de tal maneira que este passa a abranger a inteira vida financeira de alguma pessoa e de sua família e não somente citar dados a respeito de rendimento, fatores inflacionários, segurança, liquidez etc.
Nossos serviços são parecidos aos do médico que examina o paciente como um todo, envolvendo “n” aspectos onde igualmente é analisada e diagnosticada a personalidade, experiências pessoais, prioridades de vida, metas e objetivos de vida.
Pessoalmente, meus honorários profissionais embutem analisar e tentar entender durante duas horas ou mais, além da parte financeira em si, tudo que citei anteriormente. Somente depois que entendo tudo que se passa na cabeça do meu cliente (e de sua companheira de vida também) é que começo a sugerir modificações (e somente quando necessário!).
Para o ser humano normal, por exemplo, é bastante difícil imaginar-se 30 anos mais velho e ele dá preferência em pensar a respeito do dia, semana ou mês seguinte. É muito mais simples e cômodo.
Passaram por mim centenas de pessoas, profissionais liberais e executivos e, infelizmente bem poucos conseguiam antecipadamente se ver  com filhos fora do ninho ou então próximos da pré-aposentadoria ou mesmo já gozando a perspectiva da 3ª ou 4ª idade!
Chamo também a atenção para as dificuldades atuais existentes em nosso país para encontrar-se investimentos suficientemente seguros, diversificados, além de rentáveis acima da inflação para a acumulação de reservas já acumuladas.
Aconselho a todos que mantenham sob constante observação inclusive, seus fundos de previdência complementar onde depositam suas esperanças para terem uma vida mais cômoda na velhice.  Confie neles, mas acompanhem sempre suas evoluções. Leio na edição de 7/11 do “The Economist” um comentário que diz que americanos não estão economizando dinheiro suficiente para suas aposentadorias (“Americans are not saving enough for their retirement”) Deveria ser uma alerta para meus leitores que ainda não se convenceram que não existe “Papai Noel” que vai lhes ajudar para terem uma velhice sem contratempos.
Abraço amigo,

Louis Frankenberg, CFP®.
E-mail; perfinpl@uol.com.br

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

QUANDO UM PAÍS INTEIRO DELIBERADAMENTE SALTA PARA O ABISMO.


Louis Frankenberg – 30-10-2015

Como cidadão comum que sou, frequento toda sorte de ambientes. Relaciono-me com bastante facilidade, seja onde estiver e, atualmente não passa um minuto para que a conversa com colegas e amigos não resvale para o estado caótico em que se encontra nosso país, sob quaisquer pontos de vista que se queira abordar.
São os incríveis e quase surrealistas escândalos revelados, são também os bandidos de quaisquer calibres que já não temem a polícia, praticando crimes hediondos em todas as cidades e rincões do país, são igualmente os aumentos constantes de preços, que elevam a inflação a novos patamares não vistos há muito tempo, são ainda nossos políticos e dirigentes que, apesar de estarem sendo pegos em flagrante com provas e tudo o mais, que continuam impunes e, criminosamente são absolvidos em alguma instância superior ou até mesmo anteriormente blindados para que nenhuma instância, órgão da imprensa ou autoridade possa lhes incomodar ou condenar.
Preciso continuar citando outros malfeitos ou deixemos que cada leitor se lembre de mais uma dúzia ou mais de outras razões para estarmos tão pessimistas?
Igual ao nosso grande estadista do passado Ruy Barbosa, estou cansando de ser honesto, vendo a impunidade, a injustiça, a sem-vergonhice e a corrupção triunfarem e então, uma imensa sensação de absoluto vazio, desesperança, desilusão e depressão me atingem em cheio e me desanimam.  
Penso comigo que, se eu, já em estágio de terceira idade
atualmente tenho essas crises de desespero, imaginem outras pessoas que agora mesmo estão perdendo seus empregos, cada dia mais endividadas e não podendo nem mais oferecer aos seus filhos uma Pátria decente  ou sonhar com um futuro melhor para eles! Ai, que coisa triste.
Um só pensamento me acompanha nos últimos tempos; será que homens e mulheres de bem, ou seja, aqueles autênticos LIDERES que acreditam e tem fé em nosso país, não conseguem se reunir e gritar bem alto; BASTA de experiências mal sucedidas, de mentiras, de pessoas sem qualificação profissional e absolutamente sem moral que nos dirigem, o que então podemos esperar?
Conclamo encarecidamente aos nossos líderes de bem e decentes, porém hoje encolhidos, que se manifestem de mil diferentes maneiras  para que possamos sair desse incrível “faz de conta” que não nos levará a absolutamente nada!
Humildemente e encarecidamente peço a eles  que se manifestem alto e de bom som, pois precisamos aglutinar o povo com uma inspiradora nova liderança, para pedir, não exigir, uma nova ordem, pois o que está por aí não mais nos satisfaz!
Eu, apenas um bem sucedido profissional liberal, que antes tinha orgulho de proclamar aos quatro ventos que tínhamos aqui em nosso país executivos e profissionais liberais de grande capacidade, dirigindo empresas comerciais, industriais, financeiras e de prestação de serviços de sucesso, formados aqui mesmo e alguns,

 até com pós-graduações, mestrados e doutorados no exterior.  Não posso crer que não mais existem.
Além disto,ainda temos nossos excelentes juízes, intelectuais e outros pensadores de ponta que podem nos ajudar a encontrar um novo futuro, novos objetivos para que novamente possamos nos orgulhar do Brasil.
Onde então, estão todos eles? Tenho certeza que continuam por aí, igualmente envergonhados como eu, escondendo-se  pois, caso quisessem colaborar na administração de nosso país, teriam de abdicar de suas próprias crenças saudáveis e progressistas, participando das benesses, ágapes e incríveis atos desonestos na qual se transformou a administração pública Federal, Estadual e Municipal do Brasil. 

Ansiosamente, aguardo há meses - ou será que já são anos – alguma inesperada edição simultânea de todos os jornais de vanguarda do país, de todas as emissoras radiofônicas e televisoras em uníssono, de todas as redes sociais da moda como, por exemplo, Facebook, Linkedin etc e demais entidades associações civis e ONG's com alguma importante e libertadora proclamação e mensagem à Nação e ao seu povo descrente e desiludido, afirmando categoricamente que precisamos imediatamente trocar esses desgastados  e apodrecidos poderes existentes e respectivas lideranças por novas, transparentes e inovadoras. 
Precisamos mudar o que está por aí e o quanto antes!
Estou pedindo o absurdo?

São Paulo, 30 de Outubro de 2015.
Louis Frankenberg,CFP
Um desiludido cidadão.
e-mail;perfinpl@uol.com.br





 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Pinceladas a respeito de inclusão econômica e populismo.


Louis Frankenberg, CFP® – 19.10.2015.
Não pretendo abordar a gigantesca crise na qual estamos por demais anos sendo envolvidos pelo atual Governo e seus desqualificados dirigentes e subordinados.
Entre os inúmeros erros cometidos, nesta matéria me refiro especialmente à divulgação de dados inverídicos em relação à evolução econômico social de determinada camada da população. 
Vou apenas dar a minha opinião a respeito da ilusão ou  seja, deliberada desinformação na qual foi colocada esse segmento no que diz respeito à fabulosa melhora de suas próprias condições de vida.
Não acredito no que continuamente está sendo apregoado que, mais de 50 milhões de brasileiros - 25% da totalidade - foram beneficiados com a elevação de seus níveis de vida e, desta maneira, passaram a pertencer a Classe Média, ou seja, elevadas à superior classe “B”, libertados que foram por dois de nossos Partidos Políticos pseudo populares, elevados da inferior classe ”C” como resultado da intervenção dos maravilhosos Planos “Salário Família”, “Minha Casa Minha Vida” e de alguns outros benesses oferecidos. 
Acredito sim que, a maciça venda de “Comodities”, principalmente à China e o consequente e simultâneo aumento de empregos temporários obtidos no Brasil, geralmente de baixo salário, criaram a ilusória impressão de elevação dos rendimentos daquela específica camada da população. 
Além disso, a criminosa propaganda oficial de incentivo ao consumismo artificial das classes C, D e E por meio da ampliação do aumento do endividamento e sempre às taxas de juros tradicionalmente elevadas praticadas em nosso país, complementaram a atual situação de elevada inadimplência de pessoas e famílias que, de maneira alguma, deveriam ter sidas induzidas a adquirem produtos que, eventualmente, não pudessem pagar, como efetivamente ocorreu.
Não desejo nem mesmo entrar no mérito da questão do atual e gradual aumento do desemprego que é cada vez maior, como estamos observando.
Muitas das pesquisas existentes em nosso país fazem inclusive confusão entre os termos “Famílias”, “Pessoas” e “Adultos” quando mencionam rendimentos mensais ou anuais alcançados e, obviamente criam erros de interpretação nas análises e levantamentos existentes nas comparações e conclusões por parte da maioria dos leigos.
Procuro ser um Planejador Financeiro moral e ético e jamais nesta minha condição profissional incentivaria pessoas a se endividarem, caso não fosse absolutamente necessário ou conveniente, especialmente quando a fonte do rendimento delas é pequena e geralmente insuficiente!
A título de evidência cito que eu mesmo fui e continuo sendo continuamente conclamado a recorrer a empréstimos consignados através de inevitáveis mensagens recebidas por e-mail, quando minha pensão pessoal recebida do INSS mal alcança 2 salários mínimos mensais e, tecnicamente jamais comportaria ter uma sangria mensal de 30% dos já minguados rendimentos caso aceitasse alguma daquelas maliciosas ofertas! 
Pela tabela usual, que classifica as fontes de rendimento familiares brutos das classes A, B, C, D e E, adaptadas a índices atualizados de Dezembro de 2014 e derivados dos orçamentos familiares apurados pelo IBGE de 2008/2009, estes grupos seriam enquadrados da seguinte maneira;
Classe A – acima de R$ 14.500 mensais
Classe B – de R$ 8.700 até R$ 14.500 mensais
Classe C – de R$ 1.740 até R$ 8.700 mensais
Classe D – de R$ 1.160 até R$ 1.740 mensais
Classe E – até R$ 1.160 mensais
Pessoalmente, acho a tabela acima por demais simplista, mas não tenho neste limitado espaço condições suficientes para enumerar minhas razões. 
Considerando um estudo publicado pelo “O Estado de S. Paulo” de 14/10/2015 como idôneo, seriam considerados internacionalmente “Classe Média” as famílias que ganhassem acima de U$ 28.000 anuais. Pois bem, considerando o dólar a 3,90 no dia 19/10/2015 teríamos calculados um rendimento mínimo anual bruto de R$ 109.200 e mensais de R$ 9.100. 
Supostamente, somente alguém da classe Média brasileira com rendimento acima de R$ 8.700 mensais (ver tabela mais acima) seria considerado classe “C” e isto em seu nível mais elevado quando esta também pode ser subdividida em 3 subclasses por algumas fontes de dados.
Outro levantamento publicado pelo “O Estado de S. Paulo” de 16/10/2015, efetuado pelos pesquisadores Marcelo Medeiros e Pedro H. Souza, concluíram que apenas 1% da população brasileira, ou seja, 1,4 milhões de adultos tem rendimentos acima de R$ 229.000 anuais (ou seja, R$ 19.000 mensais) e poderiam ser considerados famílias pertencentes à classe “A”.
Minha própria conclusão e, sem fazer uso de outras medições e análises que deveriam necessariamente ser considerados, é de que apenas ao redor de 5% da nossa própria população, ou seja, 5 milhões de pessoas deveriam ser incluídas na tal da Classe Média e não 25% ou seja, 50 milhões, como constantemente está sendo apregoado!
Posso continuar a elaborar provas e considerações mencionando a questão dos elevados tributos (impostos e outras contribuições) que pagamos da inflação que novamente atinge os 10% anuais e aspectos envolvendo educação, saúde e aposentadoria pelos quais pagamos, mas que não estão sendo entregues!
Prefiro parar por aqui, pois meus leitores preferem textos simples e concisos!
Abraço amigo,
Louis Frankenberg, CFP® 19-10-2015.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Estou simplesmente atônito.

 Louis Frankenberg, CFP®         18-09-2015     

            Estou simplesmente atônito.

Um apelo para que haja mudanças profundas e não apenas cosméticas.

Este Planejador Financeiro há cerca de 40 anos tenta explicar, especialmente para pessoas físicas, a tremenda importância que tem para o futuro, um eficiente e racional planejamento de suas vidas econômicas e financeiras.
Será que vocês podem imaginar o significado que tem para alguém aconselhar por tanto tempo, igualmente clientes como ao público em geral, de quais os cuidados que devem tomar, para alcançar com maior probabilidade de sucesso, a tão almejada estabilidade financeira, tranquilidade e bem estar?

Quatro décadas lendo, absorvendo e transmitindo estatísticas, pesquisas, trabalhos científicos sobre o comportamento humano, sempre relacionado aos instintos, desejos, fobias, prioridades etc. são mais do que suficientes para sabermos o que geralmente acontece aos que não levam devidamente em consideração os fundamentos que regem os princípios do risco, oportunidade, sucesso ou fracasso, sejam quais forem as interpretações que você deseja dar aos dois últimos vocábulos conhecidos por “sucesso” e “fracasso”.

Interpondo-se entre nossos objetivos, desejos e metas de vida, encontram-se evidentemente os inúmeros obstáculos que, nos humanos, não temos a menor possibilidade de antever.
Podemos apenas adotar algumas medidas que os aliviem quando ocorrem.
São muitas vezes devidas a estas mesmas imponderabilidades citadas acima que precisamos igualmente embutir em nossas mentes e imediatas considerações, mecanismos adicionais de autodefesa, sejam quais forem.
Podemos chamar estas medidas de segurança de “diversificação de fontes de renda” ou “metodologias distintas” ou até modernamente de “Plano B”, aos quais eu aconselharia acrescentar “Plano C” e possivelmente ainda um eventual Plano “D”.
Porém nossa mente comprovadamente imediatista geralmente nem mesmo deseja encarar um “Plano A” ou ainda pior, “Plano Algum”!

Se você, caro amigo e leitor soubesse quão poucas pessoas alcançam, digamos os 60 ou 65 anos de idade objetivando poder usufruir de tranquilidade, saúde física e mental e finanças em ordem, provavelmente daria maior importância ao que eu sempre apregoei em minhas inúmeras consultorias, palestras e seminários. 
Pasmem e reflitam; nem 10% dos casais alcançam este objetivo!
No entanto, é bom relembrar que existe uma razoável probabilidade de que você que me lê, homem ou mulher, aos 65 anos de idade ainda irá viver entre 20 a 30 anos a mais após ter pendurada as chuteiras e, sem ter alternativa senão a de continuar trabalhando para manter seu sustento, gostando ou não! Para tal, considere válidas as estatísticas por mim citadas mais acima.

Apenas para fins de raciocínio, imagine que seus filhos também não tenham possibilidades financeiras suficientes para poder lhe auxiliar ou uma probabilidade ainda mais preocupante; a existência de uma entidade criada para lhe amparar na aposentadoria e para a qual você contribuiu a vida inteira e que simplesmente lhe diz qualquer dia destes, “não temos mais condições de lhe pagar, vire-se”.
Estamos  assistindo ao absoluto desequilíbrio financeiro do INSS provocado inclusive (mas não somente) por erros propositais cometidos por nossos governantes ao diferenciar as regras existentes para funcionários públicos em relação aqueles da iniciativa privada. Nem todos são iguais perante a lei!  

E foi precisamente naquele instante de absoluto desânimo que comecei a pensar em tanta coisa que considerava que estava radicalmente errado e, nada podendo fazer para criar mais patriotismo e maior interesse desinteressado pelo futuro de nosso país por parte daqueles que deveriam nos comandar e no desespero de nada podendo fazer, que surgiu o título deste blog:                                          
“Estou simplesmente atônito!”
  
Justamente em virtude das razões acima citadas que os dirigentes de nosso país, incluindo nessas genéricas categorias indistintamente os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que concluí que eles não dão a mínima importância ao seu dever de cuidar melhor das finanças da nossa Nação. 
E por que deveriam? Respondo; porque em sua maioria pertencem ao grupo dos 90% restantes da população, complemento daqueles 10% citadas anteriormente.
São eles os mesmos integrantes de minhas estatísticas de pessoas absolutamente descontroladas e desinteressadas, apenas pensando em seu próprio futuro – e quão bem elas o fazem! - por que então haveriam de cuidar melhor dos sonhos de um futuro melhor dos outros, entre os quais se encontram os previdentes, os patriotas, as pessoas sensíveis e preocupadas com o futuro de seus filhos, netos e conterrâneos em geral. Aqueles mesmos 10% os
quais mencionei anteriormente.

É apenas por esta razão, minha gente, que estou atônito!
Não ouço, não vejo, não leio praticamente nenhum dirigente, líder, intelectual ou legislador discutir ou tentar incluir nas atuais propostas de mudança do estado calamitoso atual em que nos encontramos uma nova ordem na qual a quantidade absurdamente grande de funcionários públicos e legisladores serão limitados a metade ou talvez até a um terço dos atuais e, concomitantemente seus salários e outros absurdos benefícios serem compatíveis àquilo que em países do 1º mundo é pago pela prestação dos mesmos serviços. 
E não estou me referindo somente ao nível de competência na esfera Federal, mas igualmente aos níveis e competências nos poderes Estaduais e Municipais.
Será que estou delirando e desejando algo irreal, uma aberração ou simplesmente não temos coragem suficiente em criar uma nova ordem de como deveria funcionar a atual falida máquina pública em nosso país?

É simplesmente mais do que evidente para mim que, saúde, educação, segurança e obras públicas essenciais ao nosso progresso são desleixadas e abandonadas e, quando talvez 80% a 90% dos recursos provenientes dos tributos que pagamos são utilizados para pagar os milhões sem fim de gente interessada somente em aumentos de salário, abonos, férias e aposentadoria vitalícia, sem jamais perder a remuneração ou serem postos no olho da rua. 

A iniciativa privada e o povo consumidor hoje em dia têm de arcar com tributos que alcançam ao redor de 40% do PIB nacional, significando que temos de trabalhar mais ou menos 5 meses por ano, somente para pagar esta engrenagem cara e totalmente ineficiente sem retribuição ou devolução eventual por parte desta máquina apenas bem lubrificada para arrecadar.
Em minha opinião está mais do que na hora em dizermos BASTA!
Estamos na undécima hora e o momento histórico mais favorável para que modifiquemos imediatamente nossa Constituição e toda a estrutura na qual está baseada a atual ordem legal, banindo inclusive o vocábulo “vitalício” que, a meu ver, é a maior das razões para alguém, - (normal para o ser humano que não precisa se esforçar para sobreviver) - se atirar nas cordas e deixar de ser eficiente e produtivo, quando serve ao Estado ou mesmo às empresas da iniciativa privada.

Caro leitor, precisamos mudar radicalmente nossa forma de pensar e atuar, caso queremos que nosso país e nossos descendentes tenham um futuro melhor!
Da maneira como vejo as coisas, estamos celeremente nos encaminhando para o caos ao tentarmos atualmente introduzir apenas medidas simplistas, ou seja, cosméticas e sem maior profundidade.  Não tardaremos em estar em igual situação a de alguns de nossos vizinhos de continente. É isto que queremos?
Pobres de nós que nos contentamos com o que aí está!

Louis Frankenberg, CFP®    18-09-2015
E-mail; perfinpl@uol.com.br ou lframont@gmail.com

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Crises e seu próprio planejamento econômico-financeiro

               
                                     Louis Frankenberg, CFP® 25-08-2015.
Caro leitor deste blog,
Com toda a sinceridade, espero que você jamais se torne uma pessoa tão ingênua quanto a nossa atual Presidente da República. Ela, em data de ontem, 24 de Agosto de 2015 declarou que até Novembro ou Dezembro de 2014 não havia se dada de conta de que uma crise de grandes proporções atingia em cheia nosso país. Por mera coincidência, imediatamente após as eleições que ela havia vencida, através de métodos heterodoxos ampliatórios (ou não) em relação a quantidade de votos dadas a ela. Esta última afirmação, dúvida ou comprovação muito provavelmente jamais verá a luz do dia.
Há aproximadamente 15 anos sou um dos diretores da ANEFAC, Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, encarregado do segmento das “Finanças Pessoais” de nossos associados. Uma de nossas funções é de explicar e divulgar aos colegas e igualmente ao público em geral, informações de como nossa economia está se desenvolvendo e como irá se comportar futuramente.
Bem antes das supramencionadas eleições, isto é em 30 de Setembro de 2014, nossa Diretoria de Economia ofereceu a todos os associados da entidade e ao público que desejasse participar, a oportunidade de ouvir diversos diretores que iriam discorrer sobre aquilo que estava acontecendo em nosso país e esses, por unanimidade concluíram então que, tanto em 2015 e muito provavelmente em 2016 também, estaríamos enfrentando tempos de bastante dificuldade e, portanto, todos deveriam estar preparados para um período difícil que estava por vir...
Este calejado planejador financeiro não se cansa em proclamar constantemente aos seus leitores que, ao contrário do que sugere nossa cultura brasileira, jamais alguém deve ter a ingenuidade de imaginar que em qualquer momento de suas vidas, algum governo virá em seu auxílio para lhe salvar.
Gente, as muitas provas existentes deveriam nos alertar de que cada um deve ao máximo se virar sozinho e para vencer por si mesmo os muitos percalços e acidentes de percurso da vida!
E como deve fazer isto, já que nunca saberemos de antemão o que irá nos acontecer?
Tomando certas providências que lhes deem espaço e folga suficiente para ultrapassar com o menor esforço possível esses momentos específicos ou períodos maiores.
Não conheço  qualquer pessoa com vivência mais longa que possa afirmar categoricamente que nunca passou por imprevistos e momentos amargos.
Nessas épocas  que já ocorreram ou ainda estão por vir, quando tudo parece negro e sem esperança, precisamos estar apoiados em nossos familiares, mas também em reservas financeiras suficientes que nos ajudem a superar aqueles instantes ou períodos maiores.
É claro que dinheiro não é tudo na vida, mas serve perfeitamente para pagar o melhor dos médicos ou hospital que possa salvar um nosso ente querido pessimamente atendido em hospital público ou então, para adquirir um carro novo já que o velho foi considerado perda total quando “esquecemos” de fazer o seguro ou mesmo para aquela viagem para algum lugar idílico para esquecer um amor que já era...
Gente, este planejador financeiro sabe de que está falando, portanto, ouça-o, pois caso desejarem e tiverem suficiente paciência e fôlego, terão agora a melhor oportunidade de vê-lo ao vivo, em carne e oso. Eu garanto, ele não é tão mal informado quanto a Presidente da República! 

Ontem, 24 de Agosto de 2015 fui entrevistado por meu colega de diretoria da ANEFAC, Roberto Vertamatti no Programa “Momento Econômico”, transmitido pela TV UOL. Aguardem um pouco, pois verão antes uma introdução de Roberto Vertamatti que também é interessante e muito válido.
Aproveitem a oportunidade, cliquem e relaxem que lhes fará bem.


Abraço amigo,
Louis Frankenberg
Blog; www.seufuturofinanceiro.blogspot.com
E-mail; perfinpl@uol.com.br e lframont@gmail.com

 http://tvuol.uol.com.br/video/como-planejar-sua-vida-financeira-04028D1A3468E0A95326
Bloco 1
http://tvuol.uol.com.br/video/como-planejar-sua-vida-financeira-04028D1A3468E0A95326
Bloco 2
http://tvuol.uol.com.br/video/economia-brasileira-e-planejamento-0402CC1A3468E0A95326

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Você é o maior responsável por seu futuro.*


                                          Louis Frankenberg, CFP®  24-07-2015
Nós, planejadores financeiros pessoais, sabemos que a carga genética que recebemos de nossos antepassados sem dúvida influenciarão o comportamento do ser humano e, portanto, igualmente seu raciocínio financeiro.    
Da mesma maneira, durante a infância e a juventude, nossos pais, professores assim como a comunidade na qual estamos inseridos, farão novas adições à maneira de como iremos agir perante o dinheiro que ganharmos e, igualmente, de como o iremos gastar em futuros estágios de nossas vidas.
Modernos estudos efetuados a respeito da maneira como a mente humana reage em relação as mais diferentes situações em que irá se deparar, entretanto, comprovam que possuímos uma forte propensão em pensar predominantemente em satisfazer imediatamente nossas vontades e desejos. Pela lógica conclui-se que é extremamente difícil imaginarmos em preservar dinheiro para gastá-lo em algum objetivo importante em data futura, quando o dinheiro se encontra à nossa disposição, por exemplo, em alguma conta bancária ou ainda quando o crédito é fartamente oferecido por intermédio de empréstimos ou cartões de crédito.
É o tal de “consumismo” de que tanto ouvimos falar em prosa e verso e que, estatisticamente, leva a maioria das pessoas a um inicial e inocente endividamento de pequena monta e, inúmeras vezes, à ulterior inadimplência.
O estímulo à gastança deste diabólico e moderno mecanismo chamado marketing aguça em nós ainda mais a vontade de queimarmos as eventuais e raras sobras do orçamento
doméstico mensal. 
Infelizmente, nosso cérebro, na maioria das vezes, não resiste ao fraquíssimo apelo em favor da contenção e do acúmulo de reservas financeiras para contrabalançar as emergências e imprevistos com que seremos  controntados.
As constantes crises econômicas em nosso país, mais o monstro do desemprego, e ainda as doenças etc. nos deveriam servir de alerta para sermos mais realistas e menos dependentes do fator sorte ou divina providência, ou seja, termos a predisposição para criar algumas fontes alternativas de renda.  
Sinceramente, acredito que pessoas com autoestima e intensamente conscientes de jamais desejarem acabar suas vidas na dependência dos próprios filhos ou da nossa cambaleante previdência oficial, deveriam assumir imediatamente maior controle sobre suas vidas financeiras.
Não possuir boas reservas em algumas fontes de renda alternativas, provavelmente significará um futuro complicado com poucas chances para uma vida confortável! 
A única alternativa que conheço e que comprovadamente é válida para enfrentar com maior probabilidade de sucesso um futuro desconhecido é sempre guardar uma parcela dos ganhos quando tudo ainda é céu de brigadeiro.  A vida nos ensina que os ventos podem mudar repentinamente e não a nosso favor.
Para relembrar o que significa a preparação do próprio futuro no reino animal ao quais pertencemos, aí vai para vocês novamente a história da formiga que cuida de sua subsistência levando para o formigueiro pedacinhos de grama mais pesados que seu próprio peso ou então aquela outra do esquilo que carrega as nozes que encontra no verão para dentro do tronco da árvore para ter de comer no frio do inverno.
Pergunte-se, o que será melhor; ter hoje uma vida um pouco mais frugal ou usufruir a vida inteira de bem estar e conforto?
É agora que você deve agir para que seu amanhã seja o melhor possível!

Satisfeitos por eu ter diminuído o tamanho da matéria neste meu blog?
Abraço amigo,
Louis Frankenberg, CFP® 23-07-2015.    
E-mail;perfinpl@uol.com.br

*Nota
Em Janeiro de 1.999 fui pioneiro no Brasil ao publicar o 1º livro em língua portuguesa a respeito de educação e planejamento financeiro das pessoas físicas. Chamava-se “Seu Futuro Financeiro” e seu subtítulo era, “Você é o Maior Responsável”. Permaneceu durante meio ano nas listagens de “best sellers” e atingiu um total de 22 edições. Ainda pode ser encontrado em sebos etc.

domingo, 5 de julho de 2015

O Brasil de amanhã poderia tornar-se a Grécia de hoje?

                             O Brasil de amanhã poderia tornar-se a Grécia de hoje?
                                                               Louis Frankenberg, CFP®  06-07-2015

Há anos sempre encontro em períodos de férias a inspiração para algum novo  
projeto ou alteração de rumo que pretendo adotar.
Porém, desta vez, me deu o súbito impulso em oferecer aos meus leitores minha opinião a respeito de algo que por demais  tempo rebola na minha cabeça!     
Nestas atuais férias, infelizmente terminadas, visitei países que não conhecia, conversei com pessoas antes desconhecidas e estive entre povos de diferentes costumes e culturas.   Essas mudanças de cenário automaticamente me fazem encarar o inédito e o inesperado, além de fazer comparações com o Brasil e pensando quanta coisa eu alteraria por aqui, caso tivesse a oportunidade.
Assim como já afirmei em outras oportunidades a vocês, caríssimos leitores, nunca pretendi ser um “Maria vai com as outras” e nunca tive medo de expressar minha própria opinião, apesar de saber que, provavelmente, estaria pregando no deserto. 
Comprovei amplamente  pela experiência de lidar com muita gente  no passado que a maioria das pessoas prefere enterrar a cabeça na areia qual avestruz e, com essa maneira de ser, acabam sempre recitando a história do copo meio cheio ou meio vazio como resposta a  assuntos  de relevante importância    que estejam sendo debatidos publicamente.
Nunca fui partidário de acomodar-me ante uma situação controvertida. 
Quando na frente de pessoas mais passivas e acomodadas me expresso através de argumentação mais forte e às vezes oposta, geralmente recebo  como resposta contestações do tipo “Louis, relaxe” ou então ”Louis, não é tão ruim assim” ou  ainda “deixe pra lá”.
Pensar e expressar-se “fora do corriqueiro” exige  deste nosso cérebro alguma coisa diferente do que a cordata e monótona aceitação de um “status quo” e sem dúvida alguma, distanciamento daquilo que atualmente está sendo a voz corrente, divulgada por comentaristas, pela mídia especializada etc. 

A razão  de ser desta minha atual diabrete são dois graves acontecimentos que estão ocorrendo, o primeiro nesse velho continente chamado Europa, especificamente no país chamado Grécia. Eles igualmente já ocorreram nestes últimos anos na Argentina, Portugal, Irlanda  e não faz tantos anos assim igualmente em nosso país, isto para aqueles que se lembram de um passado não tão distante assim!
O segundo acontecimento está  ocorrendo  já há algum tempo novamente no Brasil, provocado inicialmente pelo escândalo do “Mensalão” e mais recentemente pelo escândalo do “Petrolão” ou se preferirem, do ”Lava Jato”, ambos  de enorme e sem dúvida enorme repercussão atual e futura.
Podem não concordar comigo, mas vejo muita semelhança entre os dados que fui acumulando da Grécia e aqueles que, como profissional financeiro, retiro de informações divulgadas, entrevistas escutadas e da evolução gradativa dos acontecimentos e finalmente, de episódios ocorridos anteriormente aqui mesmo dentro de nossas fronteiras. Todos eles me dão um amargo sabor de “deja vu” e não gostaria que se repetissem!
Não pretendo apontar qualquer dedo  ou citar nomes de culpados, mas apenas descrever brevemente o que penso a respeito destes dois acontecimentos, para mim tão significativos na Grécia e neste nosso Brasil que, me parecem, tem ambas enormes semelhanças entre si. 

Na Grécia, pequeno país europeu, cuja maior receita provém do turismo, o déficit orçamentário governamental atinge as dimensões alarmantes de aproximadamente três centenas de bilhões de euros e pelo visto, o povo continua vivendo na doce ilusão de ser um país próspero e feliz sem qualquer problema de maior envergadura. 
Há muito desemprego, as pensões pagas aos inativos geram cada vez maiores déficits e os tributos necessários para a boa gestão governamental, a serem pagos pelos contribuintes ativos, são tranquilamente sonegados pela maioria da população.  
A hora da verdade chegou para eles e nenhuma das diversas classes sociais deseja saber de qualquer diminuição de seu nível  e qualidade atual de vida. 
O "NÃO" pronunciada pela população que não deseja qualquer retrocesso em seu modo e estilo de vida, sinaliza a situação de não desejarem apertar os cintos.
Para eles 5 anos de austeridade que viveram é mais do que suficiente.
Os empréstimos contratados com entidades financeiras supranacionais e bancos internacionais são de tal monta que  são quase impossíveis de serem pagos em seus respectivos vencimentos. Resultado; o completo caos!
Nem contribuintes ativos, nem aposentados desejam devolver ao Estado Grego qualquer dos benefícios obtidos anteriormente, ainda na época das vacas gordas! Será difícil colocar o país nos trilhos sem fazer qualquer sacrifício...Vamos ver o que  ocorerá por lá. 

E por que a semelhança com o nosso próprio país? 
Porque aqui no Brasil cometemos no passado muitos erros e continuamos cometendo exatamente os mesmos equívocos   que estão sendo feitos  hoje  em dia na Grécia. 
Nossos políticos e dirigentes não gostam de fazer modificações revolucionários que podem lhes custar o cargo nas eleições seguintes e por essa razão nosso país é especialista em "cosmética" ou seja "fazer de conta" que adotamos   medidas radicais mas que permanecem apenas no papel ou nas intenções.
E por ser tão difícil mudar as coisas, acabamos não fazendo nada a respeito e tudo permanece  como era!

Neste meu incógnito cantinho, escondido do mundo, não gostaria de pretender parecer o grande entendido (e que não sou) e tampouco tenho a ilusão de que a mera menção de algumas poucas de nossas imensuráveis falhas e burrices administrativas  iria alterar significativamente a situação em que nos encontramos presentemente.
Estou, entretanto, bastante pessimista, pois provavelmente teremos de adotar em algum (próximo ou distante) momento futuro, medidas semelhantes às da Grécia, como já nos aconteceu diversas vezes em passado não tão distante assim.
É claro que não sendo, empresário, político ou governante, apenas um observador atento e crítico, é minha pretensão somente  despertar  aqueles que desejam ser acordados de seu estupor a tempo, para que adotem para si mesmos medidas que lhes facilitarão ultrapassar tempos mais agitados que, eventualmente, poderão ter de enfrentar. Como sabem meus leitores tradicionais, há tempos  tento   abrir os olhos das   pessoas físicas que tanto podem ser profissionais liberais  quanto  funcionários e dirigentes de empresas publicas e privadas.
Sei muito bem de que estou falando, pois não possuo os olhos tapados ou   os ouvidos entupidos e nem mesmo a boca fechada devido o  receio de dizer o que penso. 
Leio e escuto constantemente o que anda acontecendo  pelo Brasil e por este mundo afora. 
Aqui mesmo nesta Capital do Estado de  São Paulo, com enorme tristeza vejo cada vez mais lojas fechadas, com cartazes do tipo “Vende-se”, “Passa-se o Ponto” ou “Aluga-se”. É um sinal claro e inequívoco dos tempos atuais!
Entro em supermercados onde certos produtos  já escasseiam e seus preços são a cada dia que passa modificados para cima. De brincadeira passei hoje por uma dessas gigantescas lojas ancora de  Shopping Center sofisticado e contei as mulheres (homens, somente eu) que estavam dentro do mesmo; vi menos de uma dúzia de pessoas! Caso estavam apenas admirando as mercadorias ou adquirindo alguma coisa não saberia dizer.
  
Acredito que meu grito de alerta público já chega tarde, pois desde o ano retrasado, na qualidade de diretor de uma entidade de profissionais liberais, eu já proclamava aos que quissem me ouvir,  para aquilo que eu imaginava   pudesse nos acontecer, vendo as medidas descabidas, absurdas e burras que estavam sendo tomadas por nossos dirigentes, apenas interessados em não serem apiados do poder e, portanto, mentindo e iludindo a quem pudessem.
Aqui  em nosso país, caso não se adotem  medidas urgentes que alterem radicalmente a presente situação, antevejo futuras crises na previdência oficial e também nas de algumas entidades de previdência privada fechada, em especial as das empresas públicas e autarquias além de um crescimento maior do desemprego, tanto na indústria  como no comércio.
Inúmeras falcatruas estão atualmente sendo encobertas por balanços falsos, que como contador que sou, vislumbro quando os interpreto com mais empenho.
Sem dúvida alguma, em algum momento futuro, provavelmente não muito distante, teremos de elevar a idade da aposentadoria para ambos os sexos para além das idades atualmente válidas, para bem além dos  65 anos.Pelo menos um fator positivo, pois vivemos em média mais tempo que antigamente.
Não tem a meu ver nenhum cabimento que as mulheres se aposentem vários anos antes dos homens! Não vejo qualquer razão para esta diferenciação.
Para aqueles que ainda não o sabem (ou preferem não enchergar), as reservas futuras que você forçadamente economizou durante dezenas de anos para sua velhice (falo do FGTS e da  sua contribuição ao INSS) elas já não existem.  Dependemos todos dos elevados aportes  mensais do Tesouro Nacional ao INSS para que você possa receber sua aposentadoria ou pensão!  Elas somente virão através da emissão de dinheiro que  ocasionará ainda maior inflação e  certamente em pouco tempo na cobrança de novos tributos de diversas  espécies!
As tais de pedaladas fiscais das quais você eventualmente já ouviu falar nestes últimos meses e anos, são hábeis manobras contábeis que procuram esconder (”disfarçar”) perdas financeiras bilionárias, malandragens efetuadas por grupos de pessoas no poder, contratos maliciosos e empreguismo além do imaginável em diversas instituições publicas. 
As perdas disfarçadas  não somente  ocorrem na esfera Federal, mas igualmente  nas esferas estaduais e municipais. 
Os dados resultantes das publicações  dos Tribunais de Contas existentes no país, jamais informam e nem mesmo contestam as malandragens que estão sendo perpetuadas  pelo país inteiro e não existe  qualquer interesse em detectá-los. 
Nem mesmo o jornalismo investigativo   tem peito suficiente para revelar o que anda acontecendo com o dinheiro público, pois os  poucos e heroicos jornalistas  daquele segmento especializado sabem que podem ser colocados no olho da rua, caso revelem o que não deve de nenhuma maneira  ser revelado...
Os dirigentes e funcionáriuos desses inúteis órgãos publicos que são os Tribunais de Contas  igualmente preferem resguardar seus salários e funções...
Estes Tribunais são nada mais que  órgãos do “faz de conta”, absolutamente ineficientes e desnecessários da forma como presentemente são administrados.  aprovando indistintamente as maiores barbaridades.
Em minha modesta opinião, com o advento e rápida evolução das “T.I.”, (Tecnologia da Informação) e maneiras de obter dados dos contribuintes  e administrar a informática, é muito provável que 50% do atual funcionalismo público existente  é absolutamente supérfluo e deveria ser sumariamente demitido.  
Favor relembrar que na atualidade é o próprio contribuinte que atua na inicativa privada é aquele que preenche  os inúmeros formulários burocráticos que   são exigidos pelas diversas instâncias e  os  envia  posterior e eletronicamente através da Internet às respectivas repartições. 
Com o mesmo procedimento enviamos em seguida ou no vencimento os tributos calculados eletronicamente para as contas bancárias que nos indicaram. Somos nós que temos de executar todo o trabalho!
Por que será então que ano após ano,   sistematicamente  aumenta-se a quantidade de funcionários públicos contratados, quando burocraticamente eles têm cada vez menos funções a desempenhar?  Que passem  então a trabalhar na iniciativa privada!  Somos nós de qualquer maneira  que pagamos seus salários. 
Infelizmente, cuidou-se para que não fosse possível demiti-los  devido à existência das absurdas clausulas impeditivas com as quais foi recheada a nossa  mais recente Constituição de 1988.
Será que teremos de conviver eternamente com um Estado absolutamente ineficiente e perdulária? 
Lembro novamente a Grécia e outros países  citadas anteriormente que  a precederam no caos que presentemente se faz sentir por lá. 
É absolutamente lamentável que quando se lê no jornal que determinada categoria de funcionário publico irá receber entre 59% e 78% % de aumento nos próximos anos enquanto eu devo  talvez me contentar com meros 6% a 8% de aumento na minha aposentadoria no começo do ano que vem. Atualmente recebo por um pouco mais que   dois salários mínimos, isto depois de ter contribuído ao INSS por 33 anos com uma parte  relevante  dos meus  suados ganhos!
Enquanto na maioria dos  países necessita-se  entre  20% e 25% do PIB para atender a todas as despesas publicas   para atender ao orçamento  anual          (incluido saude, educação, aposentadoria e segurança) por que em nosso país este índice alcança os absurdos 39% deste mesmo PIB? 
Basta ver os noticiários das diversas mídias  para sabermos como são ineficientes a maioria de nossos serviços públicos e organismos de assistência à população. 
Para finalizar esta minha triste novela, indago se nossa atual presidenta conhece pessoalmente os titulares dos 39 Ministérios existentes (por mera coincidência número igual ao PIB anteriormente citado) ou se já visitou   alguma das inúmeras repartições em que são divididas estes mesmos ministérios, para averiguar  se de fato existem ou são apenas endereços inexistentes ou locais abandonados, com escrivaninhas limpas e cadeiras  desocupadas?
E antes que me esqueço, voces sabem que nosso endividamento interno deve andar  próximo dos  três trilhões de reais?  Todos aqueles que possuem direta ou indiretamente Letras do Tesouro Nacional que se cuidem, pois não é nenhuma informação absurda  de que elas, eventualmente, não possam ser honradas, caso ocorrer algum caos aqui semelhante ao da  Grécia...

É óbvio que posso continuar citando inúmeros   dados complementares que comprovam a falência de nosso atual sistema de governança, mas desejo  aconselhar que cada um de vocês leitores pense a respeito daquilo  que já foi revelado e tente adaptar-se da melhor forma possível. 
Por enquanto estou convencido que iremos continuar descendo morro abaixo até que, um dia destes, estaremos tão afundados que teremos de recomeçar forçosamente  a reconstruir nosso  país   e reformular toda a nossa estrutura societária.     

Quando será o dia em que algum corajoso e qualificado político tenha a coragem de abrir a boca para dizer perante a Nação; “basta minha gente”, não queremos ser outra Grécia!
Com certeza, ele terá meu voto!
Peço desculpas pelo sincero desabafo, caro amigo leitor, mas não mais consegui me calar. 
Sinceramente, gostaria de estar completamente equivocado com este meu diagnóstico absolutamente negativo.
Um abraço,

Louis Frankenberg, CFP®  São Paulo,0 6 de Julho de 2015
Blog; www.seufuturofinanceiro.blogspot.com
E-mail; perfinpl@uol.com.br e lframont@gmail.com  

domingo, 17 de maio de 2015

Passado e presente de um Planejador Financeiro.


                                    Louis Frankenberg, CFP® 17-05-2015.
Cansado de sempre desenvolver e escrever a respeito de temas financeiros do quotidiano baseados na minha experiência, notícias lidas em jornais e revistas,   resolvi hoje relembrar alguns episódios que de alguma maneira me marcaram e influenciaram nesses vários decênios que transcorreram desde o longínquo ano de 1.963, quando dei inicio a  minha carreira de finanças pessoais como aprendiz, vendendo fundos internacionais de investimento.  

 

Foram 52 anos, procurando sempre crescer e evoluir em nosso país, pelo qual também tenho muito carinho e no qual continuo mantendo muita fé, mas que ainda precisa se desfazer dos inúmeros maus hábitos e pessoas incompetentes e interesseiras que nos governam, infelizmente mais para si mesmos do que para nosso povo.  

Após os primeiros embates como corretor de imóveis e vendedor de porta em porta, de produtos odontológicos e depois de terminada a Faculdade de Ciências Contábeis e Atuariais, meu primeiro professor de finanças na prática foi um inteligente e bem sucedido profissional norte americano que, uma vez por mês, vinha especialmente de São Paulo para Porto Alegre, para me entranhar nos aspectos técnicos e humanos de convencimento das pessoas para, não somente colocarem dinheiro em produtos de renda variável (mutual funds), mas também igualmente investir em moeda diferente do então inflacionado e politicamente instável “cruzeiro”. 
Naquela turbulenta época havia suficiente clientela em potencial que acreditava na sensata mensagem da diversificação, especialmente entre as camadas mais sofisticadas da população gaúcha que, já pressentindo  todos nos encaminhando rapidamente para um regime comunista tipo Cuba ou coisa ainda pior...
A revolução anti Goulart/Brizola não tardaria a chegar ao ano subsequente de 1.964.
Após meio ano de aprendizado básico, aos poucos fui galgando a escada do conhecimento profissional, não me contentando apenas com os folhetos informativos e de propaganda dos fundos que vendia, mas devorando igualmente todos os livros e revistas que conseguia abocanhar a respeito de investimentos em geral, aqui e alhures.
Uma das incontestes verdades do meu mentor George, uma frase lapidar que até hoje incorporei à minha personalidade e que ele constantemente repetiria era; “Louis, preocupa-te apenas com aquilo que em tua própria esfera de influência tens a capacidade de resolver e não tentes solucionar aqueles acontecimentos e ocorrências que dependem de outros”.
George jamais ficava satisfeito com as minhas vendas, que iam gradualmente aumentando, pois ele sempre queria mais e mais, conclamando que meus colegas de São Paulo e Rio de Janeiro vendiam muito mais do que eu.
Até o dia em que patrocinou uma viagem de avião para eu poder assistir a um seminário financeiro organizado por ele em São Paulo. 
O seminário em questão seria no então novíssimo prédio do Conjunto Nacional, onde também se situava a sede nacional da empresa e na qual eu encontraria uma revista internacional que citava a produção individual de vendas de todos os colaboradores     nos países onde atuávamos. Vi então meu nome estampado entre os primeiros 20 colocados no mundo.
George, sabidamente, havia percebido que eu funcionava bem melhor quando incentivado negativamente, ao afirmar constantemente que meus colegas eram melhores vendedores do que eu! O malandro entendia um bocado da arte do convencimento e de como atiçar alguém com muita gana  de vencer na vida.
Descobri igualmente naquela mesma ocasião que ele havia interrompido propositadamente toda a correspondência que deveria vir diretamente para mim no Rio Grande do Sul, originária da sede internacional.
Rapidamente formei em Porto Alegre um grupo, comandando 10 a 12 subordinados, todos remunerados unicamente por meio de comissões sobre vendas realizadas. Pessoalmente, eu vendia mais que todos eles juntos.
Era difícil convencer aos jovens a se unirem ao grupo quando lhes era informado de que não teriam um fixo garantido anotado em carteira de trabalho e assinado por mim!
Os meus raros subordinados com dons e qualidades suficientes teriam também de ser bastante ambiciosos, pois somente estes teriam vez.
Fui igualmente chegando à conclusão que cultura geral, conhecimento do mundo e nível acadêmico eram muito necessários para convencer a elite a investir fora do país, em ações cujos nomes de empresas lhes eram bastante conhecidas.
Naquela época não havia aqui em nosso país quase nenhuma literatura que valesse a pena recomendar a respeito de investimentos em geral e relacionamento humano em particular (hoje em dia denominamos este saber de Behaviour Finance, ou seja, finança comportamental).
A empresa de vez em quando me mandava livros em inglês dos Estados Unidos como prêmio de venda que, geralmente, discorriam sobre temáticas envolvendo psicologia, relacionamento humano e tipos de investimento, principalmente fundos. Aqui no Brasil quase unicamente conhecíamos Letras de Câmbio e CDB's.
Eu  lia todos os livros  avidamente, tirando minhas conclusões e adaptando-me igualmente aos mais diferentes perfis de investidores; conservadores, liberais, audaciosos e até aventureiros, que aprendia a distinguir e com os quais estava lidando constantemente. Os investidores precisavam ser audaciosos para fugirem também da nossa inflação interna além das incertezas que nos rondavam o tempo todo e muito assustavam.  
Os ensinamentos absorvidos   me tornariam fã de fundos mútuos de ações pela diversificação que proporcionavam. Hoje em dia tenho sérias dúvidas se de fato estão entre as mais eficientes e lógicas maneiras de diversificar o patrimônio financeiro dos investidores em geral.
Minha maior fonte de informações financeiras e também notícias naquela fase de aprendizagem era sem dúvida alguma a revista “Time”, que eu podia adquirir em apenas uma banca na Praça da Alfândega em Porto Alegre, mas que me fornecia suficiente alimento cultural para eu retransmitir aos meus clientes e subordinados.
Obtive naqueles tempos de intensa aprendizagem o importante costume de escutar atentamente o que ia na alma dos casais que entrevistava, auscultando seus objetivos, metas e desejos de médio e longo prazo.  Ouvia bem mais do que falava, sempre tentando reunir o cliente e seu cônjuge (na época, os homens geralmente pensavam saber mais a respeito de investimentos que suas companheiras, poucas vezes consultando suas cônjuges, raciocínio este ainda válido até os dias de hoje para muitos deles!).
Eu mais que desejava que as mulheres também escutassem, opinassem e fizessem perguntas, pois já havia lido inúmeras histórias de patrimônios perdidos por homens que confiavam demais em negócios milagrosos.
Havia também visto e anotado mentalmente as estatísticas que afirmavam que as mulheres em geral sobreviveriam aos seus maridos em aproximadamente 6 a 8 anos.., portanto,  precisavam   estarem bem informadas e conhecendo os locais onde estava o patrimônio familiar! 
Eu também incentivava aos homens com filhos pequenos a fecharem seguros de vidas, conjugado a investimentos em fundos de ações. Os produtos que oferecíamos eram perfeitamente adaptados para esta finalidade. Eram de alguma maneira semelhantes  ou sejam precursores dos atuais PGBL’s e VGBL’s. vendidas pelas entidades de previdência complementar aberta e fechada hoje em dia.   
Já como gerente regional, alguns anos mais tarde, fui transferido para Montevideo e posteriormente para Buenos Aires, atuando em uma filial da nossa Compoanhia Internacional de Seguros.
Chefiava equipes e agora já havia chegado à conclusão que bem poucos jovens, entre os recrutados, seriam vencedores no ramo das vendas de produtos e serviços financeiros, pois a maioria preferia a segurança de um emprego conjugada a garantia de um salário fixo mensal, sentados confortavelmente atrás de uma escrivaninha. 
Adotei intimamente um teste de avaliação em que tentava identificar já na primeira entrevista de recrutamento eventuais novos colaboradores com potecial, eliminando imediatamente aqueles que não atendiam a alguns pré-requisitos que eu embutia sutilmente nas perguntas formuladas a eles. 
Eu os classificava mentalmente, após esta primeira (e geralmente única) entrevista pessoal de meia à uma hora de duração em três grupos; aqueles que pertenciam a aproximadamente 80% dos candidatos eram os que eu não desejava treinar por acreditar que, muito provavelmente, não dariam certos. 
Àqueles que pertenciam a aproximadamente 15% dos candidatos eu dava a oportunidade de serem treinados, pois acreditava que mereciam uma oportunidade de provarem suas qualidades e tenacidade.
Aos raros (no máximo 5% da totalidade) eu oferecia minha maior atenção e esforço físico e intelectual, pois acreditava que tinham reais possibilidades de serem bem sucedidos por serem inteligentes, motivados, ambiciosos etc.
Porém aos poucos cheguei à conclusão de que não valia a pena perder meu tempo, treinando 100% dos jovens recrutados, sabendo de antemão (e comprovado pela prática) que somente  menos de 5% seriam pessoas com qualidades e dons suficientes para serem bem sucedido algum dia.  
Anos depois, agora já em 1971 e já de volta ao Brasil, definitivamente chegaria à conclusão de que era tempo totalmente perdido recrutar e treinar outras pessoas, raciocinando que seria bem mais lucrativo para mim trabalhar sozinho, pois sabia perfeitamente onde eu desejava chegar algum dia!
Fui então contratado pelo hoje maior banco privado no país e, por algum tempo, lá trabalhei como alto executivo desenvolvendo novos produtos e treinando novas equipes de jovens em um mercado acionário  quentíssima e em plena alta. Calejado pela enorme experiência amealhada em 7 anos  na empresa internacional na qual havia trabalhado, sugeri a um dos diretores que deveríamos preparar as equipes igualmente para períodos de bolsa em baixo, porém acharam absurda esta minha ideia. Deu no que deu.. Atravessamos vários anos de  de bolsas desmotivadas e em baixa. Eu também perdi minha motivação e  acabei pedindo demissão.

Reuni coragem suficiente para abrir minha própria empresa de planejamento financeiro, ativa até hoje denominada “Personal Financial Planning”, oferecendo consultoria e assessoria  financeira às pessoas físicas.
Auscultar e compreender em profundidade os objetivos de médio e longo prazo de uma pessoa ou família são para mim, os principais requisitos para podermos afirmar que somos profissionais verdadeiramente interessados no futuro financeiro de alguém. Para chegar o mais próximo possível deste ideal filosófico, em minha opinião, não devemos antecipadamente ter como ponto de partida e objetivo  vender qualquer produto ou serviço financeiro. Esta missão deve pertencer a gestores especializados, profissionais e idôneos. A escolha de qualquer tipo de investimento deve ser resultante de uma aberta e transparente troca de informações entre planejador financeiro e seu cliente. Honestidade de propósitos, verdadeiro interesse pelo bem estar de uma família e tentativa de realmente conhecer o que as pessoas almejam no médio e longo prazo é o que tento obter nas longas primeiras entrevistas que promovo.  Somente desta maneira podemos ajuda-las a se planejarem financeiramente para a vida toda.
Nossas instituições financeiras, seguradoras e entidades de previdência necessitam promover e chegar a estas mesmas conclusões para bem servirem às suas clientelas. Acredito que somente dessa maneira, poderão fidelizar por muitos anos a sua clientela. Provavelmente ambas as partes serão bem melhor servidas.
A partir do ano de 1.999, a entidade internacional de planejadores financeiros a qual eu estive o tempo todo ligado me auscultou para ajuda-la a criar uma entidade associada no Brasil que levasse em conta profissionalismo, educação e experiência comprvada mais ética, com a finalidade de certificar aqueles profissionais que lidassem em alto nível com as finanças das pessoas físicas.
Feliz e novamente muito motivado atendi ao pedido e ela passou a  existir hoje em diua no Brasil. A entidade   brasileira chama-se “IBCPF”, Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, fazendo parte integrante da entidade internacional denominada “FPSB”, Financial Planning Standards Board, ativo em 26 diferentes países e com 160 mil profissionais financeiros associados e certificados.  
Estou também realizado pelo fato de que há pouco tempo esta nossa entidade adotou o seguinte princípio como principal objetivo; “client first”, ou seja, o cliente deve estar em primeiro lugar e antes de qualquer outra razão de ser. Sempre sonhara com  essa simbiose  entre cliente e seu planejador financeiro.

O princípio do "Cliente em primeiro lugar" eu já considerava como essencial em 1974, quando, baseado no mesmo "slogan" fundei a minha própria empresa de planejamento financeiro.   

Com imenso orgulho finalmente declaro que, desde o início das atividades da “Personal Financial Planning”, jamais obtive qualquer forma de ganho por meio de comissões de intermediação, apesar de possuir as devidas licenças obtidas de entidades governamentais como C.V.M. e Banco Central. Ganhei meu sustento através de honorários previamente combinados, palestras, seminários e livros publicados. 

Considero a ainda não oficializada profissão de “Planejador Financeiro” tão relevante quanto a do “Médico”, pois ambas são absolutamente necessárias para sermos mais felizes e saudáveis e termos maiores possibilidade de alcançar uma vida longa e mais tranquila. 

Louis Frankenberg, CFP®  17-05-2015

Blog; www.seufuturofinanceiro.blogspot.com

E-mails; perfinpl@uol.com.br e lframont@gmail.com

Nota.

Estarei ausente até o final de Junho de 2.015, prometendo voltar no início de Julho. Estimado leitor, um forte abraço e até lá!

Louis



sexta-feira, 1 de maio de 2015

Levar a vida na gangorra.


Louis Frankenberg, CFP® 01-05-2015.

A maioria das pessoas ha de concordar comigo de que não é fácil planejar a vida da gente sem que muito provavelmente iremos deparar com algumas surpresas no decorrer da mesma.
Ela dá muitas voltas e aqueles que hoje estão por cima, amanhã poderão estar por baixo!  Esta constatação não é ficção, mas a pura realidade!
Sou o primeiro a endossar essa premissa, pois a prática profissional de “Planejador Financeiro Pessoal” me fez acreditar que entre as surpresas que a vida nos prepara, uma delas é a da eventual mudança radical de estilo de vida que pode ocorrer quando  nos confrontamos com algum não esperado baque financeiro.     
Relembro  tão bem uma marchinha de carnaval da minha juventude que mencionava o título deste meu blog em seus  estrofes.  
Sempre achei  aquela canção o máximo de bacana, pois hoje em dia me relembra as pessoas simples do povo que vivem de um dia para outro mas felizes, sem se preocupar demasiado com o que possa lhes acontecer amanhã. 
Bem cedo na minha própria vida me foi impregnado de que não deveria gastar mais do que possuía. Creio que deve ter sida a educação anglo saxão recebida que, continua existindo nos países nórdicos da Europa e simultaneamente, era me advertida de que deveria constantemente pensar no dia de amanhã e, consequentemente, por essa razão, sempre economizar uma parte do que ganhava.
Devido ocorrências bastante abaladoras durante esta minha juventude, sempre levei muito a sério essa questão de poupar e pensar um pouco além do próprio nariz. 
E assim, automaticamente, terminada a faculdade e, decorrente de mero   acaso, enveredei pelo segmento da consultoria em finanças pessoais, investimentos, mercados acionários, seguros de vida, previdência básica e complementar etc.
Aos poucos fui também compreendendo a importância do que se passava no interior da cabeça das pessoas, ou seja, a atual importância dada à ciência do comportamento (financeiro) humano. 
Aos poucos, cada vez com maior convicção, concluía que, de fato, não havia nenhum indivíduo igual a outro na face da Terra e de que a herança genética das pessoas, recebida de seus antepassados, era tão importante quanto à educação e cultura recebida de pais, professores, amigos, colegas e da comunidade em geral na qual nós todos acabamos sendo inseridos.
Inclusive, retirava lições das diferenciações de comportamento de meus próprios filhos que, entre si, tinham opiniões e maneiras completamente diferentes de encarar qualquer assunto mais polêmico.
Em época quando ninguém ainda discutia filosoficamente os diferentes aspectos da mente humana relacionados com dinheiro, eu já era fã dos escassos livros americanos que tratavam do assunto e que adquiria no exterior, lendo-os avidamente.
Estas divergências e complexidades me intrigavam e fascinavam e, dessa maneira, aos poucos fui formatando minha própria opinião e aconselhando uns e outros a mudarem de estilo de vida, caso quisessem almejar uma vida melhor e com razoável probabilidade de sucesso.
45 anos depois, quatro livros publicados e inúmeras matérias e crônicas escritas em revistas e jornais de nosso país, finalmente resolvi criar no que imagino ser meu último trabalho do gênero.
O que me movia ao encarar esta empreitada foi comprovar nas pesquisas diárias recebidas da Google Analytics, que poucas pessoas de fato leem meu blog do começo ao fim.
A opinião geral é de que brasileiro somente lê assuntos profissionais curtos e resumidos e eu não me sinto a vontade em escrever a respeito de qualquer assunto de forma estenográfica e absurdamente abreviada! Tento sempre dar um mínimo de profundidade ao assunto que abordo.
Finalmente, no fim do ano passado me deu o click e resolvi criar um “Guia” com ensinamentos que eu considerava essenciais para alcançar uma equilibrada vida financeira e, e jogados no texto com um absoluto mínimo de palavras.
Não havia constatado ninguém fazer algo semelhante e no começo da empreitada nem sabia quantos princípios finalmente resumiriam o conjunto.     
Em Outubro de 2014 finalmente publiquei o guia “32 Princípios para Lidar com seu Dinheiro”, para oferecer gratuitamente à população brasileira e que, agora se encontra na Internet e nos e-books para reprodução para quem quiser.
Pelo trabalho recebi inclusive apoio moral e elogios do Banco Central  e da C.V.M.
Foram seis meses de trabalho intelectual para resumir em um mínimo de palavras meus “32 Princípios”.


O guia tem a pretensão de querer ajudar a todos que tem dificuldade em entender o profundo e importante significado de jamais ter de depender de filhos, familiares, amigos e do imprevisível Estado Brasileiro!
Amigo leitor, através do portal de buscas do Google, clique o título do guia grifado acima indicado e, como  resultado, terás um sucinto guia para ajuda-lo a não entrar em fria e se quiser, podendo até imprimi-lo inteiramente. 
Àqueles a quem dei de presente um exemplar impresso a partir  do lançamento solene, moças e rapazes, jovens  e pessoas mais amadurecidas, recebi a seguinte resposta a título de agradecimento que tudo diz e me conforta; “é bem isto que preciso”!
Alguns dados atuais a respeito de endividamento e inadimplência de nossa gente são a meu ver absolutamente inadmissíveis e alguma medida muito profunda e profissional deveria ser adotada para alterar drasticamente esta situação que provoca tanto estresse e pode  inclusive causar problemas bem mais graves àqueles que não têm a capacidade de se controlar financeiramente.
Mas a quem recorrer se nossos próprios governos Federal, estaduais e municipais são os mais despreocupados e gastadores?
Enfim, saiba você  que estás sozinho e tens apenas este que vos alerta como amigo!


Louis Frankenberg, CFP® 29-04-2015.
Blog; www.seufuturofinanceiro.blogspot.com
e-mail; perfinpl@uol.com.br e lframont@gmail.com

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Realçando o verdadeiramente importante.

Realçando o  verdadeiramente importante.
  Louis Frankenberg, CFP®  02-04-2015
 

Um adágio que a maioria de nos conhece e exalta é ”ter saúde  é o máximo que o ser humano pode almejar”, mas algum cínico (absolutamente correto em seu deboche)  posteriormente emendou    para “a suprema felicidade  é ter saúde com dinheiro”.
A vida, entretanto, é bem mais complexa  do que nos apoiarmos apenas em adágios simplistas para  sermos felizes.
Não discordo do acréscimo mencionado acima, pois sou prova  do fato de não ter dinheiro quando se deseja usufruir de uma merecida  aposentadoria gera em algum momento bastante angústia para  pessoas imediatistas e imprevidentes.
Posso confirmar o dito  pela quantidade de homens e mulheres que me procuraram no decorrer dos anos  para saberem qual seria a melhor maneira de fugirem da velhice pobres e desamparadas. 
Acompanhando a evolução das finanças de muitas famílias em nosso país,  desde que me tornei profissional deste segmento  denominado “educação e planejamento financeiro” e acompanhando  igualmente de perto as conhecidas deficiências do Estado Brasileiro no que tange oferecer  igualmente condições financeiras  e de saúde justas e dignas à maioria de seus  cidadãos mais idosos,  resolvi  hoje abordar este tema, mas não batendo  pesado mas apenas sinalizando  como sinal de perigo futuro.
A finalidade desta minha  intervenção é alertar a todos que se preocupam com o porvir que, muito provavelmente, deverão assumir sozinhos a imensa tarefa de viver saudáveis e cuidar de jamais se tornarem  completamente dependentes de familiares ou de governos irresponsáveis.
 
É possível encontrar em nossa sociedade executivos de pequenas, médias e grandes corporações e também profissionais liberais independentes   imaginando que, posição social, cargo ocupado ou função  de destaque devem ser seus objetivos prioritários para se tornarem homens e mulheres bem sucedidos. Nada mais ilusório!  Aliás “bem sucedidos” para mim tem diferente conotação que para uma porção de gente que conheço.
O passar dos anos nos ensinam amargas e, as vezes, custosas lições, que desmentem completamente esta  maneira de encarar obstáculos naturais   que a vida geralmente nos prepara.  
Em algum momento, pessoas com crenças e atitudes menos altruístas e mais focadas em si mesmas, caem  do pedestal. Por que será? 
Porque episódios completamente diferentes e jamais imaginados por elas costumam   acontecer e nos farão refletir  que determinados valores que havíamos adotados como tipicamente nossos e, nem sempre racionais, serão menos importantes que outros  comprovadamente bem mais  relevantes.
O longo ciclo de vida que se inicia na nossa juventude e nos acompanha até a velhice normalmente não possuí  mecanismos automáticos que possam conduzir nosso cérebro a  raciocinar  em situações adversas e não previstas. 
Infelizmente acidentes de percurso e imprevistos não acontecem somente aos outros... 
Confirmando esta intrínseca condição, modernos estudos da Psicologia  que envolvem  o comportamento humano, dão muito maior ênfase aos nossos sonhos e objetivos  do que na maneira de como poderíamos enfrentar melhor eventuais percalços. 
A minha experiência de vida, somada a da profissão de planejador financeiro, portanto, lidando há inúmeros anos com meus próprios percalços financeiros e dos outros, me fornecem respostas suficientemente comprobatórias para confirmar e destacar a importância destas descobertas científicas.
É uma pena que é apenas quando alcançamos a meia idade  ou ainda mais tarde, damo-nos conta que alguns valores universalmente celebrados e aos quais anteriormente  talvez déssemos menor importância ou até desprezávamos, deveriam ter sido melhor apreciados e levados em conta em nossas ações e atitudes.
Vou citar apenas alguns desses valores que pessoalmente considero extremamente importantes. 
Esses valores são tão fundamentais  quando transmitidos  entre seres humanos, que até podemos expressá-los por apenas um único vocábulo!
E não se esqueçam de transmiti-los aos seus filhos desde tenra idade e vocês pais,  servir-lhes igualmente como modelo a  ser seguido.
Vejamos quais são  alguns desses poderosos  propulsores das relações humanas que geram bom entendimento para com nossos familiares e não familiares; 
 “Felicidade”, “Saúde”, “amizade”, “família”, “amor”, “ética”, “compreensão” “perdão”, “sinceridade”, “sabedoria”, “lealdade”, ”cooperação” etc.
Como profissional financeiro tenho o sagrado dever de acrescentar às preciosidades acima destacadas que cada cidadão tenha também suas “finanças em ordem”.
Enquanto “dinheiro” é igualmente um único vocábulo, prefiro sempre me referir ao mesmo como apenas uma maneira inteligente e racional de atingir sonhos e metas. Porém, aviso aos navegantes, jamais  deveria   tonar-se  a meta ou objetivo em si.
No entanto, quando tomamos conhecimento das tristes e precárias condições de vida da absoluta maioria da humanidade, portanto também aqui em nosso país, tenho por obrigação moral e profissional em adicionar uma definição a mais neste final de crônica.
A conquista da independência financeira está limitada a talvez um período de no máximo 30 anos de vida da média da população brasileira.     
Não postergue, portanto sua decisão de cuidar da melhor maneira possível de suas finanças e patrimônio. 
Abraço amigo.

Louis Frankenberg, CFP®    02-04-2.015 

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