quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Enxergar a realidade não significa ser pessimista.


Enxergar a realidade não significa ser pessimista.

Louis Frankenberg, CFP® 20-02-2014.

Eu me auto considero hoje um homem vivido e atento, mas ao mesmo tempo realista.

Quando há quatro anos iniciei a divulgação deste meu Blog através da Internet, estava imbuído da intenção de escrever a respeito de assuntos que de alguma forma envolvessem dinheiro ou investimentos.

Após mais de 100 “posts” publicados, aos poucos comecei a mesclar algumas experiências vividas na minha vida profissional com os assuntos financeiros, dessa maneira tornando-as mais autênticas e palatáveis.

Observando a minha própria trajetória profissional que, considero bem sucedida, tentei identificar alguns dos fatores que me fizeram ficar mais conhecido pelo público em geral.

Creio que um deles era ser realista e nunca ter permitido que sonhos e desejos auto realizáveis  (em inglês wishful  thinking) interviessem em meu raciocínio e decisões de curto, médio e longo prazo. Ser autêntico era outro princípio que sempre muito prezei.  

Assim com os pés firmemente assentados no chão, fui caminhando pela vida.  Uma dúvida, entretanto me ocorreu recentemente, decorrente da forma como descrevo acontecimentos e chamo a atenção para, a meu ver, divulgar informações dignas de serem comentadas.

É possível que determinados leitores possam pensar que sou um pessimista, mas que intima e certamente de forma alguma sou.

Considero-me muito mais um realista que tenta interpretar, descrever e prever acontecimentos futuros e de como estes podem influenciar a sua e minha vida e, dessa maneira, adotar providências antecipadamente.

Faz parte da cultura brasileira, nos considerarmos otimistas de carteirinha, ou seja, tentarmos esconder por baixo do tapete acontecimentos menos felizes que possam ocorrer ou, dito de outra maneira, fazer de conta de que não existam.

Iguais às novelas da Globo, acreditamos e desejamos ardentemente que  vaticinadores e outros interessados nos façam crer que o final será sempre feliz.  A realidade é que nem sempre isto irá acontecer. Um realista leva em conta esta possibilidade e procura adotar algumas providências que, eventualmente, amenizam os efeitos de uma situação não prevista.

O grande Psicólogo Daniel Kahneman, Premio Nobel de Economia em 2.002, já nos provou que acreditamos piamente que os próprios negócios (e investimentos) que idealizamos, serão sempre bem sucedidos. As numerosas pesquisas e estatísticas a respeito provam o contrário...

Eu nunca desejei fazer parte do contingente de pessoas extremamente crédulas e otimistas, pois acreditava (e continuo acreditando) que essa atitude de não querer enxergar a realidade é péssimo, pois não nos prepara para eventuais surpresas futuras que possam ocorrer.

Acompanhando todas as mídias de comunicação em nosso país, observo que são muito poucos os jornalistas profissionais, comentaristas e colunistas que tem vontade (ou será coragem?) de darem opiniões realistas e sem mesquinhos interesses ocultos. A absoluta maioria não tem condições (ou serão qualificações?) de argumentação para enxergar que atual e coletivamente estamos regredindo à condição de um país pior, quem sabe até aguardando dias menos felizes ou até mais tristes.

Raramente, porém sem citar nomes, escuto, vejo ou leio alguém que tem coragem suficiente para citar nossos atuais flagelos, nossas atuais deficiências e propor soluções.

Está chegando a hora em que os verdadeiros patriotas e a massa silenciosa saem do armário para dizer chega, basta.

Deste meu cantinho, quase oculto, continuo tendo fé em nosso país e no futuro, mas igualmente também continuarei chamando a atenção àqueles que queiram me escutar e, dessa maneira, terem uma maior probabilidade de cometerem menos erros estratégicos e financeiros.

Aguardem o próximo “post”, pois hoje esgotei minha dose de realidade e aconselhamento!

Abraço amigo,

Louis Frankenberg, CFP® 20-02-2014.



 

 

 

 

 

 

 

  

 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Lembre-se que é você que deve ter nas próprias mãos a qualidade de sua velhice.


 

Louis Frankenberg,CFP    12-02-2014   

 

Desta vez vou me ater a dar aos meus leitores algumas diretivas de ordem geral para que as tenham presente ao longo de suas vidas úteis e produtivas.

Não queiram jamais depender somente da opinião de formadores de opinião que são os jornalistas que escrevem para as mídias. Tampouco devem depender daquilo que órgãos governamentais tentam divulgar.

Não devem esquecer que jornais, revistas e noticiários de rádio e TV em geral são produzidos por jornalistas e produtores que tem por objetivo buscar algo inédito ou sensacionalista que chame a atenção dos leitores e ouvintes.   

Já fui por seis anos colunista de Exame, sei do que estou falando. O Editor da revista volta e meia me perguntava se o assunto que escolhi para comentar era inédito e chamaria a atenção do leitor.

A missão, natureza ou dever profissional dos jornalistas é essa mesma, mas nem por isso vocês devem cegamente acreditar e seguir o que apregoam.

E mais, para enfatizar duplamente meu ponto de vista o seguinte; quando alguma notícia financeira é publicada em jornal, revista ou noticiário, a mesma já é passada e eventualmente deixou de fazer sentido em ser inédito.    

Construir um patrimônio sólido que nos garanta a tranquilidade futura que desejamos exige que saibamos o que queremos para nós mesmos e, muito provavelmente sempre deveremos sublimar alguns outros desejos imediatos, prioritários ou secundários e até mesmo totalmente supérfluos.  

Faz parte integrante deste meu conselho ter a coragem de trocar desejos imediatos porém prescindíveis, por projetos que tem por meta  um sólido  futuro

Como somos todos seres humanos normais e pouquíssimos de nós iluminados, portadores de visões futurísticas, desconhecemos o que nos aguarda no dia de amanhã.

Esta tática que recomendo evidentemente encerra certos riscos e não deve agradar as mentes mais imediatistas, mas a dura verdade é que jamais saberemos por quantos anos mais ainda estaremos por aí...

Já devo ter mencionado em algum blog anterior a este que, nossos instintos primitivos são dez vezes mais poderosos que nossa mente “dito” racional e, por essa razão, quase sempre preferimos gastar o dinheiro que dispomos (e que geralmente é escasso...) em coisas que nos dão prazer imediato em vez de guardar um pouco para aquele futuro tão distante e incerto.

Testes feitos por Psicológicos confirmam continuamente essa tendência da mente do ser humano.

Deve ser por essa a razão que existirem tantas pessoas no mundo que quando chegam à velhice muitas vezes passam por privações. Na maioria dos casos ficam arrependidos de não terem sido mais previdentes, mas aí já é tarde.

Acumular reservas para os misteriosos caminhos e surpresas que nos aguardam em nossas vidas, entretanto, para aqueles que desejam ser verdadeiramente independentes financeiramente de filhos e governos imprudentes, é essencial.  

Pessoalmente, ao contrário de tantos dos meus clientes, sempre fui do tipo cauteloso, pois estava plenamente consciente que capital acumulado ao longo do tempo não deveria ser perdido em razão de súbitos impulsos envolvendo riscos incorridos acima do razoável. 

Volta e meia repito a quem queira ouvir que, uma vez alcançado a idade de 50 ou 55 anos, é praticamente impossível recuperarmos algum patrimônio duramente conquistado que tenha sido perdido em razão de maus negócios ou investimentos.      

Deveria ser objetivo automático de qualquer indivíduo ou família, guardar ao redor de 10% do ganho líquido mensal ou anual, coisa nada simples em nosso país. Também chamo a atenção para o fato que qualquer investimento deverá ser cuidadosamente acompanhado e não ser deixado sem supervisão constante ou periódica.

Em país de elevados tributos diretos e indiretos como o nosso, ceder aproximadamente um terço dos rendimentos brutos do trabalho ao fisco Municipal, Estadual e Federal, representa fardo por demais elevado, conhecendo-se a deficiência dos benefícios de retorno em relação à saúde, educação, segurança e aposentadoria.

Sugiro que prestem enorme importância ao preparo de alternativas para não terem de depender cegamente das incumbências constitucionais assumidas pelo Estado e jamais cumpridas.

Infelizmente, o período relativamente curto e cada vez menor que temos para a acumulação de um razoável patrimônio financeiro, a meu ver é insuficiente para atender a tantas questões vitais relativas às nossas vidas.

Por isso, reflita, opte conscientemente e garanta seu próprio bem estar futuro.

Inicie o quanto antes um plano racional de acumulação de reservas financeiras diversificadas.

Dentro de alguns dias divulgarei aqui no Blog algumas revelações a respeito da nossa Previdência Social oficial que me dão arrepios e confirmam que os conselhos que dou não são de jogar fora, mas ao contrário, de levar muito a sério.  
 
Louis Frankenberg,CFP