terça-feira, 16 de outubro de 2012

Reafimando princípios envolvendo a importância do planejamento financeiro pessoal e principalmente seu próprio futuro!


 

Uma pitada de verdades e reflexão não vão lhe fazer nenhum mal.

Louis Frankenberg, CFP® 16-10-2012.

Estamos quase no final do 3º ano de existência do blog batizado por mim de “Dinheiro Sempre by Frankenberg”, mais conhecido por “Seufuturofinanceiro. blogspot.com”.

São quase 90 matérias, críticas e reflexões, algumas bastante contundentes, resultantes de quase quatro décadas dedicadas ao “Planejamento Financeiro Pessoal”, nome adotado por mim à empresa que criei em 1990, quando decidi proclamar aos quatro ventos da importância de cada indivíduo e família cuidar da melhor forma possível de suas próprias finanças. 

 

Estávamos na época enfrentando uma inflação galopante e era quase impossível obter qualquer ganho positivo que compensasse a perda constante do valor aquisitivo do dinheiro.

Mesmo assim, teimosamente eu fazia questão de orientar e, para escapar daquela avalanche  de perda constante do poder aquisitivo, eu proclamava para todos aqueles que quisessem me ouvir, que acumulassem dólares em vez de cruzeiros, enquanto nossa própria moeda continuasse escorrendo ladeira abaixo.

 

Lembro muito bem, que na época muito poucos dos meus clientes deram ouvidos ao meu conselho e a maioria manteve seus próprios pontos de vista. Infelizmente acabaram perdendo muito do seu patrimônio financeiro nos anos seguintes até o advento da nova moeda, o Real.

 

Tentei na época registrar no ”INPI” o título da minha empresa de consultoria financeira, mas esta foi recusada por ter nomenclatura demasiadamente genérica.   Guardei a papelada burocrática até hoje e, por isso, com muito orgulho posso provar, que fui a 1ª pessoa em nosso país a difundir o planejamento financeiro pessoal e a educação financeira, comprovado também  em jornais, revistas estações de rádio e TV e reconfirmado posteriormente através do lançamento do meu 1º livro a respeito do assunto chamado “Seu Futuro Financeiro”, publicado em 1.999 .Este se manteve na listagem dos livros mais vendidos por diversos anos, com mais de 20.000 exemplares colocados entre o grande público.

Hoje a denominação Planejamento Financeiro Pessoal é de uso comum em toda parte, mas continua sendo, 22 anos depois, o nome da minha empresa de consultoria, ainda plenamente ativa e com clientela bastante satisfeita.

 

Ainda em 1.971, quando eu dirigia a área de criação e venda de fundos de renda variável do Banco Itaú, já usava a expressão “Planejadores Financeiros” para atrair agentes autônomos para aquele inovador grupo financeiro, hoje um dos mais eficientes do país, com a finalidade de vender para o grande público um novo produto financeiro chamado ECO, Economia Crescente Organizado que foi um misto de Seguro de Vida vinculado a um primitivo Plano de Previdência Complementar.

Ainda na época da minha atividade no Banco Itaú, também produzi diversas apostilas educacionais que pretendiam ensinar aos agentes autônomos e gerentes do banco aspectos básicos e tudo a respeito de investimentos e ainda  difundir a poupança e cuidados com o dinheiro entre a população.

Os títulos dessas apostilhas foram; “Introdução ao Mercado de Capitais”,” Fundos de Investimentos”, “Como Recrutar Agentes Autônomos Qualificados”, “Como Tratar as Objeções da Clientela” e ainda “ Quais são  as Virtudes do Plano Economia Crescente Organizado”.  

 

Os anos passaram, mas a minha constante convicção de que nós, pessoas físicas somos os principais responsáveis pelo nosso próprio futuro financeiro, manteve-se intacto e se consolidou.

“Após a publicação daquele meu 1º livro de grande sucesso,     preferi transformar o subtítulo daquele livro de “somos os únicos responsáveis por nossa futura tranquilidade financeira” para ”somos os principais responsáveis por nossa tranquilidade financeira”.  

 

Devo confessar que algumas vezes me sinto como um moderno (porém ridículo) Robin Hood, pregando na imensa floresta apenas para os animais (irracionais) e não conseguindo atingir meu objetivo primordial qual seja a de difundir mais largamente o cuidado que devemos ter com nossas finanças, já que nenhum dirigente governamental liga para isso.

No decorrer dos anos e cada vez com maior empenho, grito para quem quiser me ouvir de que, tanto governos, como banqueiros ou gestores não estão nem um pouco interessados se nós cidadãos comuns iremos ter um futuro financeiro tranquilo e confortável ou não, pois só pensam em nos impingir suas leis, pesadíssimos impostos, e na iniciativa privada, produtos e serviços não satisfatórios.

 

Para não dizer que estou totalmente frustrado, esporadicamente encontro uma pessoa ao final de alguma palestra ou seminário que vem me cumprimentar declarando que assistiu a alguma das minhas apresentações ou palestras mais antigas, com aqueles veementes apelos e advertências feitas anos atrás.

Eu comparo essa forma de difundir minhas ideias como

 “dar alguns violentos socos no público para ver se acordam de sua letargia e falta de visão futura”.

Essas eventuais e gratas pessoas, naqueles encontros também me dizem que foi aquela determinada e específica palestra que as fez mudarem suas atitudes perante suas próprias finanças, reservas acumuladas ou orçamento doméstico.

É claro que meu dia passa a ter um significado mais positivo e simultaneamente me dá novo ânimo para continuar pregando o “Evangelho segundo Frankenberg” e que sempre proclama bem alto e sem receio de estar dizendo alguma grande besteira, a seguinte mensagem:

 

“Aja sem tardar e ainda hoje em relação ao seu próprio futuro e tenha mais conforto e tranquilidade pelo resto da vida” ou então,

 

 “Não deixe que o acaso determine quais serão suas futuras fontes de renda, quando você não tiver mais a mesma capacidade física e intelectual que possui hoje”. 

 

Os anos que passaram desde que comecei a “cacarejar” a quem quisesse me ouvir que quando alcançarmos (notem bem, que uso a 1ª pessoa do plural!) a idade da eventual aposentadoria (que geralmente, mas nem sempre, se situa ao redor dos 60 a 65 anos de idade), não temos mais nenhuma possibilidade de mudar nosso “passado”.   

O que a maioria de nós igualmente não consegue sentir suficientemente é o que significa verdadeiramente a sentença “se preparar para o futuro”.

Isto ocorre porque ninguém nos sabe informar de quantos dias, semanas, meses ou anos é composto este componente tão fundamental chamado TEMPO, que nós levará individualmente ao futuro e qual será a sua duração.

A ciência dos homens ainda não descobriu quanto tempo nos separa do  que acontecerá a nós no futuro e por quantos anos viveremos.

 

A mente humana foi programada para dar muito maior ênfase ao imediatismo, aos prazeres mundanos e não às preocupações com algo tão indefinido denominado futuro.

Por outro lado com grande fascínio assistimos hoje aos novos conhecimentos e descobertas da medicina, seus fabulosos diagnósticos com os exames preventivos e não invasivos, etc. e, consequentemente da conquistada maior longevidade e tantos outros componentes vivenciais com que agora contamos.  

Estes fatores ampliaram enormemente a probabilidade existente de que viveremos até os 85, 90 ou 95 anos.  

Consequentemente, quando ainda estamos no período da duramente conquistada maturidade  a partir dos 25/30 anos e estendendo-se até os 50/55 anos e ainda nossas capacidades físicas, intelectuais e profissionais que naquele período geralmente se encontram no seu auge. 

Mas neste período áureo também queremos ardentemente viver, sublimando muitas vezes aspectos menos interessantes ou então mais difíceis de equacionar ou vislumbrar.   

É assim mesmo o ser humano, de acordo com as mais recentes descobertas feitas a respeito do funcionamento de nosso cérebro por neurocientistas!  Nada a fazer a não ser aceitar nossas limitações como meros seres vivos iguais aos outros animais, que continuamos sendo.

 

Gostaria que vocês prestassem atenção ao que vou a seguir mencionar da maneira mais simples possível e, convém que vocês, amigos leitores, meditem  profundamente a respeito das consequências, caso não os levarem em consideração.

Devido à absoluta limitação do TEMPO que dispomos até alcançarmos aquela idade em que gostaríamos de acelerar menos ou mesmo viver com menos estresse, com mais conforto, menos esforço físico e mais dinheiro no bolso, precisamos muito cedo em nossas vidas optar por uma das duas maneiras opostas de viver;

Uma usufruindo de tudo que o dinheiro pode comprar e outra oposta, pensando sempre que nossa sorte, o momento econômico-financeiro do país (ou do mundo) pode mudar subitamente e de que, eventualmente, não estaremos preparados para aquela possibilidade.

Junta a tudo isso o seguinte: que, comprovadamente, quem não acumulou até os 50 ou 55 anos um bom patrimônio que garanta sua subsistência por talvez mais 30 anos, não o fará nunca mais!

Por quê? Porque nosso ímpeto, força de vontade, ambição, saúde física (ou mental) já não é a mesma que aos 25 ou 30 anos de idade.

Caso se  junte a tudo isto o fato de eventualmente termos sofrido alguma perda substancial de patrimônio financeiro, devido algum negócio que não correspondeu a nossa expectativa e,   teremos todos os ingredientes para sofrermos enormemente com a imprevisibilidade do destino ou da nossa falta de sorte!

A equação  resultante entre ter uma vida continuamente boa ou a de não ter   uma vida tão feliz é tão simples assim, portanto tente imaginar alguma das seguintes situações:

 

*Pode ter sido alguma das nossas principais fontes de renda que não deu certo.

 

*Podem ter sidos nossos filhos, pois eles mesmos não tinham o suficiente ou não queriam nos ajudar financeiramente...

 

*Pode ter sido seu negócio principal que quebrou após anos e anos de lenta construção e crescimento.

 

*Pode ser um grande grupo empresarial ou financeiro que quebrou e levou consigo de roldão nosso principal plano de previdência complementar ou outra aplicação de vulto.  

 

*Pode até ter sido nosso INSS, Instituto Nacional de Previdência Social que, devido a cada vez mais elevada longevidade da população, teve de alterar completamente suas regras do jogo ( porque estava perto de quebrar) e nos deixou a ver navios!

 

Pense em tudo isso e planeje seu futuro DIVERSIFICANDO sempre seu patrimônio!

Pense inclusive na pessoa que muito provavelmente não mais estará por aqui e que lhe preveniu com tantos anos de antecedência e ainda lhe disse com todas as letras, “Tome firmemente o controle (as rédeas) dos seus negócios e investimentos em suas próprias mãos, pois ninguém o fará melhor e com mais empenho que você mesmo!

 

Louis Frankenberg, CFP®  16 -10-2012

Blog: www.seufuturofinanceiro.blogspot.com