segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O último a sair deverá apagar a luz.


O último a sair deverá apagar a luz.

ou melhor,

A esperança é a última que morre.

ou aquela que prefiro,

Depois da tempestade virá a bonança.

 

Louis Frankenberg, CFP® 08-12-2014.

Estou fechando o 5º ano do meu Blog; www.seufuturofinanceiro.blogspot.com sentindo-me imensamente intranquilo em relação ao nosso futuro imediato quanto país democrático e progressista e por demais triste.  O que será que nos aguardará 2015?

Meu companheiro Andrew F. Storfer*  de uma importante  entidade nacional da qual somos ambos associados, conseguiu resumir com muita precisão o que igualmente eu penso e, por isso lhe pedi licença para poder reproduzir por inteiro o texto referente a edição de Dezembro de uma nossa revista. O todo é uma reflexão muito sábio!

Aconselho-lhes, por esta razão, que pensem profundamente a respeito do assunto para não cometerem equívocos dos quais poderão se arrepender tardiamente. 

“Vivemos um período de transição”. Chega ao fim o primeiro período do governo Dilma e se inicia o segundo, para o qual boa parte da sociedade espera mudanças significativas na condução da economia. Espera também muito mais rigor contra a corrupção.

Nestes quatro anos recentes o País viu a degradação de pilares macroeconômicos que culminaram com inflação muito alta, crescimento muito baixo, desempenho muito ruim da balança comercial, uma crise fiscal sem precedentes, queda de produtividade, perda de confiança de empresários e investidores e, mais recentemente, também perda de confiança de consumidores. Enfim, descontentamento geral. Quase nada se salva quando se analisa os aspectos econômicos. Talvez o nível de emprego e mesmo assim há controvérsias, havendo críticas à metodologia do cálculo e sendo apontada a controvérsia do recorde de auxílio desemprego.

A crise fiscal resultou no descumprimento da lei orçamentária mesmo com todos os artifícios criativos, forçando a um acordo no último mês de 2014 para que o congresso alterasse a lei. O culpado foi o governo federal, que gasta muito e gasta mal, mantendo uma máquina cara e ineficiente, devolvendo para a sociedade muito pouco quando comparado com o que arrecada. Com os agravantes de que investe quase nada e de que, com sua intervenção, afasta o capital privado, além de drenar recursos da sociedade que poderiam ser investidos.

O País assistiu nestes anos a experiências com juros básicos, que desceram a níveis que o mercado considerou irrealmente baixos em determinados momentos, a uma complacência com a inflação, a uma intervenção no cambio, com a manutenção do real apreciado artificialmente, e a uma certa aversão do Governo ao capital privado.

Para completar o quadro, as denúncias de corrupção nas Estatais atingiram níveis nunca antes vistos. Somam, até o momento, dezenas ou talvez centenas de bilhões de reais.

“Começamos o segundo período do governo Dilma com falta de infraestrutura, falta de investimentos, estoques altos e falta de confiança generalizada”.

Por mais que publicamente a cúpula do governo não admita a situação crítica do País, são evidentes os sinais de que percebem a crise. O mais evidente destes sinais é o fato de buscar novos ministros, mais alinhados com o pensamento do mercado para tentar resgatar credibilidade. Alinhados com o pensamento do mercado, neste caso, significa dar uma guinada na condução econômica para o que efetivamente dá certo.

E para finalizar, meus próprios comentários;

Neste meu blog preferi sempre ser realista em vez de demasiadamente otimista e, por isso, mais uma vez aconselho aos meus leitores de que é preferível adotar medidas que lhes deem a possibilidade de encontrar saídas de emergência e não ser pego de surpresa quando a estrada é obscura e esburacada.  Tenham portanto um “Plano B”.

As palavras acima de Andrew para mim soam como um alerta para não sermos aventureiros e quem sabe, postergar alguns projetos de vida mais caros ou arriscados para uma época melhor, ou seja, quando assistirmos ao clarear do céu e a atual  borrasca já tenha passada.

A vida me ensinou a ser cuidadoso, mas ao mesmo tempo altruísta, isto é, como profissional e planejador financeiro pessoal, almejar uma vida melhor para todos.

A mais digna possível!

Em Outubro deste ano publiquei sem objetivo que visasse  lucro, ou seja, inteiramente gratuito, o Guia “32 Princípios para Lidar com seu Dinheiro”,  guia este que já foi divulgado  amplamente pelos portais UOL e do jornal O Estado de S. Paulo e ainda o jornal Folha de S. Paulo.  

O Guia é um resumo dos 32 Princípios que considero apropriados   para a conquista com maior probabilidade da independência financeira e uma vida  melhor e mais digna. Vejam maiores detalhes neste mesmo blog em posts anteriores.

Despeço-me de vocês, caríssimos e fieis leitores, prometendo voltar em fins de Janeiro ou começo de Fevereiro de 2015 e desejando-lhes um feliz Natal. Que o próximo ano não seja nada daquilo que Andrew e eu imaginamos que possa ser e que humildemente tenhamos que pedir desculpas a todos. Com certeza preferimos estar enganados!  

Louis Frankenberg, CFP® - 08-12-2014.



*Andrew  F. Storfer; Eng. pela Escola Politécnica da USP e Bacharel em Ciências Econ. e Adm. da Universidade Mackenzie e Sócio da Empresa Interacta  Participações.