quarta-feira, 26 de maio de 2010

A dança das cadeiras dos maiores bancos do mundo

Há muitos anos acompanho tudo que acontece no hermético mundo dos bancos internacionais. Meu aprendizado neles se iniciou.

Há bastante tempo, como consultor independente, passei para o outro lado do balcão, aconselhando ou, algumas vezes, desaconselhando alguns dos meus clientes a fazer (ou não) negócios com alguns deles, aproveitando o profundo (inside) conhecimento adquirido.

Com o passar do tempo a gente adquire razoável experiência e entendimento de como operam e compreender que alguns deles dão mais valor aos próprios ganhos do que defender os interesses de seus clientes.

Falando francamente, obtém-se suficiente experiência para poder dizer-lhes “permaneça ou saia imediatamente” que era o que eu de fato algumas vezes aconselhava.

Em alemão existe a expressão idiomática “finger spitz gefühl” que significa “sensibilidade na ponta dos dedos” que aqui cabe com perfeição. No passado, já livrei clientes de situações bastante embaraçosas que, posteriormente seriam consideradas acertadas e pelas quais me ficaram eternamente gratos.

O investidor leigo e muito dependente de conselheiros, prefereria pensar que seu dinheiro sempre estaria seguro com qualquer dos conceituados grupos financeiros internacionais cujos conhecidos nomes ilustram os noticiários e páginas dos jornais, mas nem sempre é assim.

Países, assim como bancos conceituados, podem de um ano para outro se converter em bancos duvidosos ou mesmo inseguros.

O fator desconhecimento de abalos subterrâneos que ocorrem e que ainda não vieram a tona, são fatores que sempre deverão ser considerados possíveis por mais que alguma agência internacional de avaliação (Rating) as considera sem ou de relativamente pouco risco. São apenas homens e mulheres que dirigem-nas, com todos seus defeitos e pecadilhos... Vejam a recentíssima matéria de Jonathan Weil, da Bloomberg,no Valor Econômico de 24/5/2010.

Eu já tinha preparado o presente artigo quando li a matéria do Jonathan Weil que confirma inteiramente alguns dos meus dizeres.

Vamos resumidamente enunciar em ordem decrescente o ranking do valor total das ações desses grupos financeiros no mercado acionário das bolsas de valores de Nova York, Londres, Paris, Frankfurt etc.

Em Maio de 1999 ( portanto passados 11 anos), o ranking internacional era assim:

Citi Bank, Bank of Amerika, HSBC, Lloyds TSB, Fannie Mae, Bank One, Wells Fargo, UBS, Bank of Tokyo-Mitsubishi, Chase Manhattan, Morgan Stanley, Credit Suisse, Barclays, First Union, Charles Schwab, Freddie Mac, National Westminster, Santander, Sumitomo, Goldman Sachs.

Na época, 9 dos 21 bancos eram norte americanos, 4 eram ingleses, 2 eram suíços e 2 eram japoneses.

Nos 20 primeiros lugares não estava presente nenhum banco de qualquer país em desenvolvimento.

Observem o que aconteceu na crise financeira iniciada em 2007 e ainda continuando no ano seguinte:

Em Abril de 2008 a empresa especializada Bloomberg divulgou que Citigroup já havia perdido então US$ 40,9 bilhões na crise- UBS já havia perdido U$$ 38 bilhões- Merril Lynch US$ 31,7- Bank of Amerika US$ 14,9- Morgan Stanley, US$ 12,6 - HSBC US$ 12,4 etc. Tudo bilhões!

A carnificina nem havia ainda terminado e o Banco de Investimento Lehman Brothers já estava integralmente fora de combate desde o início e o grupo Merril Lynch seria em seguida incorporado pelo Bank of Amerika para salvar-se do naufrágio ...

Notem que nenhum dos bancos era dos BRIC’s (Brasil, Rússia, Índia ou China).

Com dados atuais de 28 de Abril de 2010, de acordo com a mesma fonte especializada Bloomberg, e publicado na edição de 15 de Maio de 2010, a revista The Economist, divulgou o mais recente ranking do valor de mercado da totalidade das ações dos novos reis do universo financeiro, também colocadas por mim em ordem decrescente:

Industrial and Commercial Bank of China, 1º- China Construction Bank, 2º- HSBC, 5º - Bank of China 7º- Citigroup, 8º - Santander, 9º - Itau-Unibanco, 11º - Sberbank, 20º -Bradesco, 24º- Standard Chartered, 25º-Bank of Communications, 26º - UniCredit, 29º - BBVA, 32º e China Merchants Bank 33º, Banco do Brasil, 34º e outros…

Até quando este ranking será mantido? Ninguém sabe...

Restou apenas um banco norte americano, situada agora em 7º lugar, 4 bancos são agora chineses, estando um em 1º e outro em 2º lugar, 2 são ingleses, 2 são espanhóis, 1 é italiano e vejam só, nosso Itaú ocupa o 11º lugar (quem adivinharia isso há apenas alguns poucos anos), Bradesco ocupa o 24º lugar e Banco do Brasil está em 34º lugar!

Amigos leitores do meu blog, a ética e insuficiente espaço não me permitem descrever com maiores detalhes as cenas que ocorreram nos bastidores desta dança do ranking nesta última década.

Apenas a alteração havida já deveria servir como alerta à vocês, para terem o máximo de cuidado ao colocarem seu patrimônio financeiro em mãos indevidos.

Na condição de planejador financeiro sugiro que a partir de hoje, além de verificar o rendimento real do seu dinheiro, descontada a inflação, acompanhem também o valor de mercado das ações dos grupos financeiros envolvidos na gestão da sua grana, nas maiores bolsas internacionais (no Brasil, seria a BOVESPA).

Esta medida de precaução adicional, poderá dar-lhe indicações prematuras de que algo provavelmente não está em ordem. Lembrem-se sempre que dinheiro é covarde e que os grandes e maiores acionistas destes grupos peso pesado, qual ratos, serão os primeiros a abandonar o barco quando estão correndo perigo...

Caso meu blog lhe agrada, divulgue-o entre seus familiares, colegas e amigos e não tenha vergonha de me mandar alguma mensagem de apoio ou de contestação. A audiência está aumentando a cada dia que passa. Obrigado amigos!

Louis Frankenberg - 27/5/2010

e-mail; perfinpl@uol.com.br

blog; www.seufuturofinanceiro.blogspot.com

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Minha teoria sobre enriquecimento

A revista VEJA em sua edição de 19 de Maio de 2010, abordou alguns aspectos conceituais e práticos relacionadas com a riqueza em 9 lições.

A capa da revista tem o título “O milionário mora ao lado” e, acompanhando a reportagem, uma inteligente Carta ao Leitor denominada: A riqueza sem culpa”.

A revista fornece alguns interessantes enfoques aos seus leitores de “o que fazer para ser rico”.

Tenho, entretanto, minhas dúvidas a respeito do efetivo valor dessas 9 lições que compõe a matéria e suspeito da relevância dos conselhos oferecidos por alguns dos entrevistados considerados gente bem sucedida.

Sabem muito bem estudiosos, religiosos e os culturalmente bem informados, que riqueza jamais foi considerada como sendo um atributo positivo, especialmente pela igreja católica, antes o contrário, confirmado pelo conhecidíssimo provérbio:

é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus” .

Tentarei a seguir, caro leitor, expor minha teoria em relação ao assunto.

O que abaixo vou expor é fruto de leitura e interpretação da evolução e progresso de determinados países em relação a outros que permanecem estagnados e igualmente da minha convivência profissional com pessoas bem sucedidas, econômica e financeiramente e de como pensam e agem.

Queres me acompanhar e, eventualmente concordar ou discordar do meu raciocínio e teoria?

Existem milhares de profissões e atividades diferentes exercidas pelo ser humano. Cito apenas algumas delas para realçar a diversidade.

São médicos, cirurgiões, engenheiros, botânicos, empreendedores, comerciantes, industriais, esportistas, economistas, administradores, contadores, mecânicos, dentistas, descobridores, químicos, professores, cozinheiros, filósofos, escritores, pintores, consultores, artistas etc.

A seguir vou citar algumas percentagens com as quais você pode divergir quanta a sua precisão, pois eu mesmo não as considero imutáveis ou absolutos, apenas valores de relativa ordem de grandeza.

Vamos então à teoria em si.

Cheguei à conclusão que apenas de 2% a 3% das pessoas de qualquer das profissões ou atividades acima mencionadas (ou outras não citadas por mim) podem ser consideradas gente fora do comum, excepcionais ou quem sabe, muitíssimas vezes melhor que seus pares da mesma profissão. Essas pessoas nasceram com algum dom ou qualidade especial ou a desenvolveram durante suas vidas e por essa razão, eu as considero tão especiais. Elas se destacam em todas as comunidades ou países em que vivem.

O segundo grupo, incluindo 40% a 47% das pessoas que desempenham as mesmas profissões ou atividades do primeiro grupo podem ser consideradas razoável ou medianamente bons e não terão dificuldades em serem aceitas em suas comunidades. Elas não chamam tanta atenção e nós as aceitamos como sendo gente normal. Elas representam a média de uma população e quem sabe, como individualizados, são do nosso próprio nível.

Por último vou falar de um terceiro grupo de profissionais e gente de incontáveis atividades.

Vou neste momento fazer uso da minha própria experiência com profissionais que encontrei pelos anos afora, oriundos das mesmas atividades anteriormente mencionadas. Todas eles me levaram a concluir que entre 50% e 60% eram de baixíssimo nível profissional.

Alguns até podiam ser definidos como desqualificados, incapazes, desonestos, pouco éticos ou ineficientes. Enfim eram pessoas que por alguma razão específica, seria melhor eu não ter conhecido.

Caros leitores, desde já peço que me desculpem pela maneira rigorosa e perversa que acima me expressei. Não gostaria que automaticamente concordassem comigo mas fizessem suas próprias experiências, constatações e avaliações! Espero sinceramente, que encontrem em suas vidas pouquíssimas pessoas iguais às definidas no terceiro grupo. Eu, infelizmente já as encontrei e não foram poucas vezes.

Vamos à tese propriamente dita e concluir a respeito do que anteriormente foi dito:

Acredito que apenas uma absoluta minoria ou seja 2% a 3% das pessoas nasceram com algum dom muito especial ou a desenvolveram durante suas vidas e por essa razão são consideradas tão especiais e merecem toda riqueza, reconhecimento e fama que conquistaram.

Devo fazer uma ressalva, excluindo das minhas considerações aquelas que conquistaram suas fortunas ou fama por meio de falcatruas e tantos outros meios ilícitos ou pouco éticos.

Desejo finalmente expressar minha opinião e alertar aos nossos governantes em relação a este assunto raramente abordado.

O Brasil ou qualquer outro país que tenta de alguma forma limitar, boicotar, inibir, fiscal ou politicamente essas pessoas tão excepcionais, estará cometendo enorme e irreparável erro.

Por serem tão especiais, inúmeras vezes são elas os grandes responsáveis para um país progredir e avançar rumo a um futuro melhor.Podemos mesmo afirmar que essas pessoas são a verdadeira liderança. Elas são, sem dúvida alguma, a minoria que faz toda a diferença. Caso essas pessoas, empreendimentos industriais ou comerciais não receberem total apoio ou endosso governamental para trabalharem, mais cedo ou mais tarde cansarão, desistirão ou emigrarão para outras paragens, onde suas qualidades e méritos são mais apreciadas.

Existem muitos exemplos na história antiga e recente na qual nações cometeram erros fundamentais que as condenaram à pobreza ou estagnação por muitos anos.

Ocorre-me um acontecimento de um passado mais recente e bastante conhecido: a dos milhares de cientistas, músicos, artistas, industriais, comerciantes e banqueiros judeus que abandonaram a Alemanha durante a triste era do nazismo e que forçados ou livremente, emigraram para os Estados Unidos. Lá tiveram a liberdade em continuar a desenvolver seus dons e importantíssimos trabalhos em prol do progresso da humanidade, da nova pátria e de seu próprio bem estar. O império alemão que deveria durar mil anos durou apenas 12 anos e entrou na escuridão até se recuperar. Não é por nada que os Estados Unidos, por sua vez, assumiu a liderança do mundo.

Pretendo dar continuidade ao tema em outra oportunidade.

Louis Frankenberg,CFP® - 21 de Maio de 2010

e-mail; perfinpl@uol.com.br e lframont@gmail.com.br

blog; www.seufuturofinanceiro.blogspot.com

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sexta-feira, 14 de maio de 2010

A eterna pobreza e uma eventual elevação do nível sócio econômica

Tenho em mãos um relatório compacto e recente do Economic Mobility Project, dos Estados Unidos, entidade sem fins lucrativos.


Acredito que alguns dados apurados por aquela entidade norte americana, não devem divergir tanto assim de nossas próprias pesquisas sócio econômicas, caso existam e fossem também confiáveis, aspecto que desconheço.


Traduzi livremente do inglês e da melhor forma possível, alguns dos fatos divulgados por essa entidade.



O 1º dado é bastante alentador: crianças nascidas nos Estados Unidos, no decil inferior do espectro de renda familiar da sociedade norte americana, tem maior probabilidade em superar a renda de seus pais que qualquer outra classe sócio econômica.


No passado, 82% daquelas crianças quando adultos, obtiveram renda familiar mais elevada que seus pais, contra apenas 43% das crianças nascidas no decil sócio econômico mais elevado ou seja o dos ricos !


Esta observação para mim, como planejador financeiro, é significante pois confirma a minha própria teoria e experiência de que aqueles que vem lá de baixo tem mais garra e vontade de vencer na vida do que aqueles que já nasceram em berço esplêndido.



Outra resultante da mesma pesquisa é de que a classificação sócio econômica e rendimento familiar dos pais, têm enorme influência sobre o futuro rendimento dos filhos. Praticamente o mesmo percentual (42% e 39%) das crianças nascidas no decil inferior e no decil superior respectivamente, era muito influenciada pelo grupo de renda em que se encontravam originalmente seus pais!


Por esta razão, eu acredito como observador independente e leigo que sou, que a atual ascensão das classes “D” e”E” em nosso próprio país, de acordo com a pesquisa efetuada pela Pnad/IBGE entre 2005 e 2008, que proclama que 18,5 milhões pessoas subiram de alguma forma de nível de renda familiar. (classe “E” para “D” e classe “D” para “C”) Esta elevação de nível sócio econômica certamente refletir-se-á no futuro aumento da renda familiar dos filhos daquelas famílias, caso a presente pesquisa norte americana estiver correto e se correlaciona positivamente com a do Brasil.



Tanto nos Estados Unidos, como diz o relatório original e igualmente no Brasil complemento eu, as disparidades entre as classes de renda mais elevada (A e B) e as de renda menor (C, D e E) são muito grandes. Lá, nas últimas décadas a renda média do decil superior da população cresceu 52% acima da geração precedente contra apenas 18% do decil inferior. Não sei como estas proporções se comparariam em nosso próprio país, porém avalio que as disparidades no Brasil não encolheram, antes cresceram.



O relatório também divulga que é pouco provável que os 20% mais pobres da população norte americana consigam erguer-se a si mesmos. Diz que 50% dos grupos familiares de renda mais baixa, dez anos depois continuam onde estavam anteriormente e de que 70% do grupo como um todo, permanecerão abaixo do status da renda média das famílias norte americanas. Esta situação permanece estática desde o ano de 1980.


Novamente é interessante observar que, de acordo com um estudo efetuado por Marcelo Neri da FGV e publicado no jornal Valor Econômico de 10/9/2009, baseado na pesquisa mensal de emprego do IBGE diz que 18,32% da nossa população da classe “E”, tinham renda familiar de R$ 804,00 mensais (praticamente igual aos 20% mais pobres dos Estados Unidos) e 13,51% equivalentes à classe “D” tinham renda mensal familiar entre R$ 804,00 e R$ 1.115,00.


Podemos então afirmar, porém sem garantia de certeza que, os dados norte americanos acima expostos poderiam ser bastante semelhantes aos nossos do Brasil.


De acordo com as últimas informações divulgadas pelas autoridades governamentais brasileiras apuradas nas principais metrópoles do país, (Dezembro de 2009) a atual divisão das classes sócios econômicas são:



  • Classes A e B representando 15,63% da população

  • Classe C representando 53,58% da população

  • Classe D representando 13,37% da população

  • Classe E representando 17,42% da população.


Podemos então comemorar que perto de 70% da nossa população já não vive na pobreza?


Tenho minhas dúvidas, mas estas considerações vou deixar para outra ocasião. Não percam!



L. Frankenberg,CFP®- 14/5/2010


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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Conquistando a alma de um cliente

(Para aqueles que lidam com finanças e demais profissionais)



Em 2002, o psicólogo Daniel Kahneman recebeu o prêmio Nobel de Economia por seu excelente trabalho que investigava a maneira como as pessoas tomavam decisões.


A partir deste trabalho, nasceu e tomou impulso o segmento financeiro chamado “Behaviour Finance” ou em nossa língua, “Finanças Comportamentais”.

As finanças comportamentais incorporam em seu conjunto, as emoções e as reações provocadas pelo sub consciente e inconsciente dos investidores, na hora da escolha e da tomada de decisões.

Através das conclusões teóricas e práticas das finanças comportamentais, iniciou-se a derrubada das barreiras, dos conceitos e tabus relacionadas ao comportamento humano em relação às finanças.

Planejador financeiro que sou, desde 1964, já acreditava piamente na importância dos aspectos subjetivos, conscientes e inconscientes, da fantástica mente humana após ter lido na época um livro chamado “Selling with Psycochek”, escrito por Eugene Tasset du Pont, obra essa que continua impávido imperando nas prateleiras da minha biblioteca particular.

Aquela obra lida, conclusivamente prova para mim que hoje em dia muitos dos existentes conceitos antigos, apenas receberam roupagem nova, mas que de fato, pouca coisa mudou na face da terra depois da invenção da roda.

A leitura do mencionado livro moldou profunda e definitivamente meus conceitos a respeito da arte da venda de produtos e serviços financeiros e da conquista do cliente.

Eis alguns, entre os muitos conceitos existentes, que prezo e dos quais não arredo pé.

Não sendo extrema e absolutamente honesto e ético você não pode conquistar a confiança de um cliente permanentemente.

    Consultor, vendedor ou intermediário que pensa em seus próprios ganhos acima dos interesses de um cliente, jamais o conquistará completamente, e estará fadado a perdê-lo mais cedo ou mais tarde.

    Ouvir e atender aos sonhos, metas e objetivos de um cliente é primordial para que ele jure fidelidade a você e/ou ao grupo financeiro que você representa.

    Depois de revelado e confirmado de qual é seu principal objetivo ou sonho ajude-o a alcançá-lo. Ele jamais vai esquecer que você contribuiu com o mesmo.

    Nunca tente diminuir ou desacreditar a importância da existência de um cônjuge, companheiro, companheira ou qualquer outra pessoa da confiança dele e que possa influenciar seu cliente em suas decisões. Incentive-o/a a trazê-lo/a para uma entrevista inicial ou posterior. Ele ou ela deverá ser seu aliado e não um inimigo oculto.

    Não despreze as misteriosas alterações que possam ocorrer na mente e atitudes de um cliente após uma primeira entrevista.


O dia ou semana seguinte sempre poderá trazer novas
revelações e mudanças. Escute e aceite os argumentos,
desde que façam sentido.




Jamais force alguém a tomar decisões sob qualquer forma
que seja. Investimentos e relacionamentos profundos entre
planejadores financeiros e clientes devem ser amalgamados
somente por lógica, racionalidade, profissionalismo e uma
perfeita sintonia e compreensão entre ambos.

    Medo, ganância e vaidade são alguns dos muitos e poderosos ingredientes que influenciam decisões. Com tato e paciência descubra as complexidades da mente humana. Sem desvendar as influências destas poderosas forças, muitas vezes ocultas, você não sair-se-á vitorioso.


E por que este planejador financeiro acaba de revelar para você alguns dos segredos da maneira como funciona a mente humana e a conquista de um cliente?

Porque ele continua acreditando, que apesar do pensamento materialista que domina nossa sociedade nos dias de hoje, deve haver um elo profundo de franqueza, sinceridade, confiança e profissionalismo entre cliente e consultor independente ou gerente de relacionamento de entidade financeira.

No mundo capitalista e frio no qual vivemos, onde o deus dinheiro é o denominador comum, o cliente pode tornar-se uma vítima involuntário de negócios que não irão atender plenamente aos interesses dele.

Que ele não culpe você por ser um dos responsáveis pela perda irreparável de parcela importante de seu patrimônio financeiro.

Costumo aconselhar aos clientes, que desenvolvam mecanismos e armas de auto defesa, que devem ser utilizadas para se contrapor às modernas e sofisticadas técnicas de marketing, convencimento, compra, venda e intermediação de produtos e serviços financeiros.

Conhecimento, informação, discernimento, análise e comparação de produtos e instituições financeiras, são alguns dos inúmeros ingredientes que qualquer investidor que deseja ser bem sucedido na vida, deve cultivar.

Esta matéria, com pequenas alterações introduzidas, foi inicialmente publicada por mim em 1/8/2007

Louis Frankenberg,CFP™ 5/5/2010 perfinpl@uol.com.br e lframont@gmail.com





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