A respeito das
finanças da Pessoa Física.
Louis
Frankenberg, CFP® 31-10-2014
Ainda quando estudante de Economia e
Contabilidade, portanto há muitos anos, eu não conseguia entender porque jornais, revistas, noticiários radiofônicos e
livros somente abordavam assuntos
relativas a “Pessoa Jurídica” ou seja relacionadas às empresas da iniciativa privada, cujos
objetivos eram essencialmente comerciais, industriais, financeiros ou securitários.
Os próprios currículos acadêmicos nos cursos
que frequentei ensinavam apenas como sermos
melhores profissionais, mais eficientes, mais lucrativos etc. em benefício de
um eventual empregador, que por sua vez, faria o supremo favor
de nós admitir como funcionário em troca de um salário mensal. (eu iniciei minha vida comercial com um salário de 1 ½
salário mínimo, ainda como estudante).
Pelo que lembro, sempre fui contestador e igualmente
o terror dos meus professores, pois vivia com o dedo indicador
levantado, fazendo perguntas e mais perguntas, sedento que era de respostas
coerentes, nem sempre dadas pelos mestres.
Uma das questões que mais me intrigava era aquela
que vou explicar com maiores detalhes a seguir;
“Uma das maiores
razões para trabalharmos fisicamente e usarmos nossos cérebros com este mesmo propósito, é
para obtermos dinheiro suficiente para nos sustentarmos, bem como as nossas famílias e, após muito batalhar por
décadas a fio, podermos nos aposentar felizes e levar uma vida tranquila, com
suficiente patrimônio e renda para não nos preocuparmos pelo resto dos dias da
velhice” AMEM!
Mas ao contrário do meu raciocínio de então,
perdurando inclusive até hoje, mesmo hoje com maior
compreensão a respeito de aspectos sociais, a empresa nos exige mais horas de
trabalho, mais produtividade e nós paga eventualmente algum curso extra
curricular de aperfeiçoamento, apenas para sermos mais eficientes, melhores que
nossos concorrentes etc.
Naqueles tempos de antanho, o ser humano que
trabalhava seus 8 horas ou mais diariamente, era apenas um mal necessário para
proporcionar o maior lucro possível às “Pessoas Jurídicas”.
Eu contestador e rebelde, entretanto, raciocinava e concluía
que minha família e eu éramos mais importantes que a empresa que me empregava.
Meu extravagante egocentrismo, entretanto,
não cabia nos conceitos e valores das empresas e constantemente estava eu metido em encrencas, em defesa de
mim mesmo ou de algum funcionário perseguido.
Foi nesta mesma época, eu já estando cansado
de ser subalterno e ansiando por minha liberdade, resolvi mudar de vida.
Estávamos então em 1974, portanto resolvi abrir a minha própria empresa de
prestação de serviços à “Pessoa Física” e oferecer aos meus futuros clientes serviços
que os auxiliassem a ter uma vida financeira mais racional, mais saudável e
incentivando a todos a guardarem mensalmente parte de seus salários para quaisquer
eventualidades do porvir.
Diga-se de passagem, que na época imediatamente anterior a me tornar
independente, criei no Grupo Itaú, o produto “ECO” ou seja Economia Crescente
Organizado”, uma espécie de precursor da “Previdência Aberta Complementar ou
PGBL/VGBL”, que associava a aplicação em Fundos de Ações a um Seguro de Vida e na qual o investidor colocava mensalmente
algum valor fixo durante cinco anos.
Mais adiante, já então ativa na minha própria empresa, denominado
“Personal Financial Planning”, tentava induzir empresas públicas e privadas a me darem a
oportunidade de oferecer alguma palestra, workshop ou seminário na qual eu explicaria aos funcionários da importância de
reservarem algum dinheiro para épocas menos favoráveis ou até mesmo para terem
suficiente dinheiro para enfrentarem uma demissão prematura e ficarem
desempregados por 6 ou mais meses...e ainda de não somente dependerem dos direitos
trabalhistas e da longínqua
aposentadoria posterior do INSS.
Vejam só qual era meu principal argumento
para tentar convencer os Diretores e Gerentes de Recursos Humanos a me darem a
oportunidade de explicar-me perante seus funcionários, desde aqueles do chão de
fábrica, passando por aqueles da administração e gerência, até os altos
executivos e as próprias diretorias, mas quase sempre com relativo ou pouquíssimo sucesso...
Os bitolados gerentes com os quais na maioria das vezes
lidava, tinham medo de me deixar expor minhas ideias (revolucionárias?),
receando que os funcionários iriam imediatamente pedir aumento de seus salários...ou então, caso eu tivesse sucesso em minhas preleções, que eu
lhes roubaria o cargo ou função!
É claro que, para cada um dos níveis salariais diferentes, dependendo de qual dos grupos hierárquicos ao qual eu estava apregoando, eu
possuía slides muito sugestivos e
maneiras diferenciadas de abordar os temas mais comuns como orçamento doméstico,
aspectos e malefícios da inflação, formas diversas de poupar e de investir etc. E outros mais sofisticados para as gerencias e diretorias executivas.
Nos meus argumentos eu tentava explicar aos
geralmente obtusos gerentes de Recursos Humanos
que uma pessoa em média trabalhava durante oito horas diárias na empresa,
mas em razão de se locomoverem constantemente entre suas residências e o uso
diário do transporte de ida e volta ao
local onde trabalhavam, gastavam 16 horas do seu tempo! Resumindo, 1/3 na empresa e 2/3 do tempo fora
da empresa. Terminada a minha argumentação, triunfalmente eu proclamava;
“Seu funcionário leva todos essas suas preocupações (financeiras, comportamentais, da
saúde de si mesmo, inclusive dos seus
familiares) que ocorreram durante as 16 horas em que se encontra fora daqui, para
extravasa-las nas 8 horas em que
se encontra no âmbito de trabalho da sua empresa.
E por essa razão perde
em eficiência, fica desinteressado,
desmotivado, falta
com frequência ao
trabalho, utiliza mais o departamento médico,
tem as vezes
problemas relacionados com drogas, álcool, etc.
Caros amigos leitores deste blog, vocês devem
sempre relembrar que somos apenas seres
e mortais humanos movidos por inúmeros interesses de variados matizes e
maneiras de encarar o mundo ao nosso redor, mas uma coisa é absolutamente certo;
Precisamos cuidar de nós mesmos, pois os interesses
de terceiros (incluídos os dirigentes e gerentes das empresas onde atualmente
trabalhamos) são raramente semelhante ao
nossos.
Foi essa uma das razões pelas quais criei o Guia:
“32 Princípios para
Lidar com seu Dinheiro”.
Tento imitar Robin Hood, o defensor dos seus interesses e por isso este
guia é absolutamente gratuito e poderá ser baixado como E-Book” (pelo Google ou “Itunes) E ainda
acessando o local indicado em um dos recentes “posts” do meu blog ou clicando meu nome completo no Google.
Caso você conseguir seguir a maioria dos “32 Princípios” explicados
resumidamente no Guia, terá uma boa probabilidade de nunca lhe faltar o essencial, que
são os meios financeiros para levar uma
vida melhor.
Um abraço fraterno,
Louis Frankenberg,CFP® 31-10-2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário