Uma pitada de verdades
e reflexão não vão lhe fazer nenhum mal.
Louis Frankenberg, CFP® 16-10-2012.
Estamos quase no
final do 3º ano de existência do blog batizado por mim de “Dinheiro Sempre by Frankenberg”, mais conhecido por “Seufuturofinanceiro. blogspot.com”.
São quase 90
matérias, críticas e reflexões, algumas bastante contundentes, resultantes de
quase quatro décadas dedicadas ao “Planejamento
Financeiro Pessoal”, nome adotado por mim à empresa que criei em 1990,
quando decidi proclamar aos quatro ventos da importância de cada indivíduo e
família cuidar da melhor forma possível de suas próprias finanças.
Estávamos na época
enfrentando uma inflação galopante e era quase impossível obter qualquer ganho
positivo que compensasse a perda constante do valor aquisitivo do dinheiro.
Mesmo assim,
teimosamente eu fazia questão de orientar e, para escapar daquela avalanche de perda constante do poder aquisitivo, eu
proclamava para todos aqueles que quisessem me ouvir, que acumulassem dólares em vez de cruzeiros, enquanto
nossa própria moeda continuasse escorrendo ladeira abaixo.
Lembro muito bem,
que na época muito poucos dos meus clientes deram ouvidos ao meu conselho e a
maioria manteve seus próprios pontos de vista. Infelizmente acabaram perdendo
muito do seu patrimônio financeiro nos anos seguintes até o advento da nova
moeda, o Real.
Tentei na época
registrar no ”INPI” o título da minha empresa de consultoria financeira, mas esta
foi recusada por ter nomenclatura demasiadamente genérica. Guardei a papelada burocrática até hoje e,
por isso, com muito orgulho posso provar, que fui a 1ª pessoa em nosso país a difundir
o planejamento financeiro pessoal e
a educação financeira, comprovado
também em jornais, revistas estações de
rádio e TV e reconfirmado posteriormente através do lançamento do meu 1º livro
a respeito do assunto chamado “Seu
Futuro Financeiro”, publicado em 1.999 .Este se manteve na listagem dos livros
mais vendidos por diversos anos, com mais de 20.000 exemplares colocados entre
o grande público.
Hoje a denominação Planejamento Financeiro Pessoal é de
uso comum em toda parte, mas continua sendo, 22 anos depois, o nome da minha
empresa de consultoria, ainda plenamente ativa e com clientela bastante
satisfeita.
Ainda em 1.971,
quando eu dirigia a área de criação e venda de fundos de renda variável do
Banco Itaú, já usava a expressão “Planejadores
Financeiros” para atrair agentes autônomos para aquele inovador grupo
financeiro, hoje um dos mais eficientes do país, com a finalidade de vender
para o grande público um novo produto financeiro chamado ECO, Economia Crescente Organizado que foi um misto de Seguro de
Vida vinculado a um primitivo Plano de Previdência Complementar.
Ainda na época da
minha atividade no Banco Itaú, também produzi diversas apostilas educacionais
que pretendiam ensinar aos agentes autônomos e gerentes do banco aspectos
básicos e tudo a respeito de investimentos e ainda difundir a poupança e cuidados com o dinheiro
entre a população.
Os títulos dessas
apostilhas foram; “Introdução ao Mercado de Capitais”,” Fundos de
Investimentos”, “Como Recrutar Agentes Autônomos Qualificados”, “Como Tratar as
Objeções da Clientela” e ainda “ Quais são
as Virtudes do Plano Economia Crescente Organizado”.
Os anos passaram,
mas a minha constante convicção de que nós, pessoas físicas somos os principais
responsáveis pelo nosso próprio futuro financeiro, manteve-se intacto e se
consolidou.
“Após a publicação
daquele meu 1º livro de grande sucesso,
preferi transformar o subtítulo daquele livro de “somos os únicos responsáveis por nossa futura tranquilidade financeira” para ”somos
os principais responsáveis por nossa tranquilidade financeira”.
Devo confessar que
algumas vezes me sinto como um moderno (porém ridículo) Robin Hood, pregando na
imensa floresta apenas para os animais (irracionais) e não conseguindo atingir
meu objetivo primordial qual seja a de difundir mais largamente o cuidado que
devemos ter com nossas finanças, já que nenhum dirigente governamental liga
para isso.
No decorrer dos anos
e cada vez com maior empenho, grito para quem quiser me ouvir de que, tanto
governos, como banqueiros ou gestores não estão nem um pouco interessados se
nós cidadãos comuns iremos ter um futuro financeiro tranquilo e confortável ou
não, pois só pensam em nos impingir suas leis, pesadíssimos impostos, e na
iniciativa privada, produtos e serviços não satisfatórios.
Para não dizer que
estou totalmente frustrado, esporadicamente encontro uma pessoa ao final de
alguma palestra ou seminário que vem me cumprimentar declarando que assistiu a
alguma das minhas apresentações ou palestras mais antigas, com aqueles
veementes apelos e advertências feitas anos atrás.
Eu comparo essa
forma de difundir minhas ideias como
“dar
alguns violentos socos no público para ver se acordam de sua letargia e falta
de visão futura”.
Essas eventuais e
gratas pessoas, naqueles encontros também me dizem que foi aquela determinada e
específica palestra que as fez mudarem suas atitudes perante suas próprias
finanças, reservas acumuladas ou orçamento doméstico.
É claro que meu dia
passa a ter um significado mais positivo e simultaneamente me dá novo ânimo
para continuar pregando o “Evangelho segundo Frankenberg” e que sempre proclama
bem alto e sem receio de estar dizendo alguma grande besteira, a seguinte
mensagem:
“Aja sem tardar e ainda hoje em relação ao seu próprio
futuro e tenha mais conforto e tranquilidade pelo resto da vida” ou então,
“Não deixe que
o acaso determine quais serão suas futuras fontes de renda, quando você não
tiver mais a mesma capacidade física e intelectual que possui hoje”.
Os anos que passaram
desde que comecei a “cacarejar” a quem quisesse me ouvir que quando alcançarmos
(notem bem, que uso a 1ª pessoa do plural!) a idade da eventual aposentadoria
(que geralmente, mas nem sempre, se situa ao redor dos 60 a 65 anos de idade),
não temos mais nenhuma possibilidade de mudar nosso “passado”.
O que a maioria de
nós igualmente não consegue sentir suficientemente é o que significa
verdadeiramente a sentença “se preparar para
o futuro”.
Isto ocorre porque
ninguém nos sabe informar de quantos dias, semanas, meses ou anos é composto
este componente tão fundamental chamado TEMPO,
que nós levará individualmente ao futuro e qual será a sua duração.
A ciência dos homens
ainda não descobriu quanto tempo nos separa do
que acontecerá a nós no futuro e por quantos anos viveremos.
A mente humana foi
programada para dar muito maior ênfase ao imediatismo, aos prazeres mundanos e
não às preocupações com algo tão indefinido denominado futuro.
Por outro lado com
grande fascínio assistimos hoje aos novos conhecimentos e descobertas da
medicina, seus fabulosos diagnósticos com os exames preventivos e não
invasivos, etc. e, consequentemente da conquistada maior longevidade e tantos
outros componentes vivenciais com que agora contamos.
Estes fatores
ampliaram enormemente a probabilidade existente de que viveremos até os 85, 90
ou 95 anos.
Consequentemente,
quando ainda estamos no período da duramente conquistada maturidade a partir dos 25/30 anos e estendendo-se até
os 50/55 anos e ainda nossas capacidades físicas, intelectuais e profissionais
que naquele período geralmente se encontram no seu auge.
Mas neste período
áureo também queremos ardentemente viver, sublimando muitas vezes aspectos
menos interessantes ou então mais difíceis de equacionar ou vislumbrar.
É assim mesmo o ser
humano, de acordo com as mais recentes descobertas feitas a respeito do
funcionamento de nosso cérebro por neurocientistas! Nada a fazer a não ser aceitar nossas
limitações como meros seres vivos iguais aos outros animais, que continuamos
sendo.
Gostaria que vocês
prestassem atenção ao que vou a seguir mencionar da maneira mais simples
possível e, convém que vocês, amigos leitores, meditem profundamente a respeito das consequências,
caso não os levarem em consideração.
Devido à absoluta
limitação do TEMPO que dispomos até
alcançarmos aquela idade em que gostaríamos de acelerar menos ou mesmo viver
com menos estresse, com mais conforto, menos esforço físico e mais dinheiro no
bolso, precisamos muito cedo em nossas vidas optar por uma das duas maneiras
opostas de viver;
Uma usufruindo de
tudo que o dinheiro pode comprar e outra oposta, pensando sempre que nossa
sorte, o momento econômico-financeiro do país (ou do mundo) pode mudar
subitamente e de que, eventualmente, não estaremos preparados para aquela
possibilidade.
Junta a tudo isso o
seguinte: que, comprovadamente, quem não acumulou até os 50 ou 55 anos um bom
patrimônio que garanta sua subsistência por talvez mais 30 anos, não o fará
nunca mais!
Por quê? Porque
nosso ímpeto, força de vontade, ambição, saúde física (ou mental) já não é a
mesma que aos 25 ou 30 anos de idade.
Caso se junte a tudo isto o fato de eventualmente
termos sofrido alguma perda substancial de patrimônio financeiro, devido algum
negócio que não correspondeu a nossa expectativa e, teremos todos os ingredientes para sofrermos
enormemente com a imprevisibilidade do destino ou da nossa falta de sorte!
A equação resultante entre ter uma vida continuamente
boa ou a de não ter uma vida tão feliz
é tão simples assim, portanto tente imaginar alguma das seguintes situações:
*Pode ter sido alguma das nossas principais fontes de
renda que não deu certo.
*Podem ter sidos nossos filhos, pois eles mesmos não
tinham o suficiente ou não queriam nos ajudar financeiramente...
*Pode ter sido seu negócio principal que quebrou após
anos e anos de lenta construção e crescimento.
*Pode ser um grande grupo empresarial ou financeiro
que quebrou e levou consigo de roldão nosso principal plano de previdência
complementar ou outra aplicação de vulto.
*Pode até ter sido nosso INSS, Instituto Nacional de
Previdência Social que, devido a cada vez mais elevada longevidade da
população, teve de alterar completamente suas regras do jogo ( porque estava
perto de quebrar) e nos deixou a ver navios!
Pense em tudo isso e
planeje seu futuro DIVERSIFICANDO
sempre seu patrimônio!
Pense inclusive na
pessoa que muito provavelmente não mais estará por aqui e que lhe preveniu com
tantos anos de antecedência e ainda lhe disse com todas as letras, “Tome firmemente o controle (as rédeas) dos
seus negócios e investimentos em suas próprias mãos, pois ninguém o fará melhor
e com mais empenho que você mesmo!
Louis Frankenberg, CFP®
16 -10-2012
Blog: www.seufuturofinanceiro.blogspot.com
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