quarta-feira, 28 de abril de 2010

Longevidade, saúde e finanças em ordem

Se você tem o privilégio de pertencer às classes A ou B e tem a pretensão de permanecer em qualquer destes elevados níveis sócio econômicos até sua velhice, é bom atentar para alguns fatos incontestes.

A vida média oficial dos habitantes de nosso país dessas classes atualmente já é de 82 anos, segundo a SUSEP e a FENAPREVI, que estudam estes assuntos com maior profundidade.

Seguindo alguns dos meus conselhos a seguir mencionados você pode facilmente chegar aos 90 ou 95 anos de idade, provavelmente um pouco desgastado, porém com o esqueleto ainda em estado bastante razoável.

75% daqueles que vivem mais anos que a média da população conseguem esta façanha devido a qualidade e estilo de vida que adotaram pelos anos afora (portanto sistemática e continuamente seguindo algumas regras básicas de como viver).

Saiba que apenas 25% do grupo que conseguem longevidade, têm este privilégio devido inerentes fatores genéticos que herdaram de seus antepassados.

Conseqüentemente suas chances de ter uma vida mais longa dependem muitíssimo mais (repetindo,75% segundo atualizadas pesquisas médicas que estudam longevidade) de atitudes que você toma em relação a fatores que dependem exclusivamente de você mesmo.

Portanto, alimente-se bem, faça exercícios físicos periódicos, exercite sua mente, tenha uma rica vida social e tente se estressar minimamente! (fatores nada simples de seguir nesta agitada vida moderna.)

Inclusive, de vez em quando, submeta-se a check-ups que possam detectar eventuais problemas em seu estágio inicial e, portanto, possam ser tratados com maiores probabilidades de êxito.

É claro que é difícil manter todas essas condições que exigem enorme força de vontade e ainda maior persistência, mas vale a pena levar em conta os fatores acima citados, pois irão lhe proporcionar mais alegria e otimismo na velhice e menor probabilidade de tornar-se senil!

Vamos então citar alguns aspectos financeiros para tentar convencê-lo de vez.

Em matéria de 6/4/2010 no Jornal Valor Econômico, Carolina Wanderley, da Mercer do Brasil, empresa especializada em assuntos de previdência privada fez alguns cálculos atuariais interessantes.

Para aposentar-se aos 60 anos com renda de R$ 2,7 mil mensais, você necessitará de um capital de R$ 560 mil. Você mesmo então pode multiplicar esta renda de R$2,7 mil mensais pelos fatores 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 ou 10 para saber qual o capital que precisará acumular para ter uma renda mensal mais elevada. Para o fator 10 portanto você precisaria ter acumulado R$ 5,6 milhões...

É um dinheirão, não é, mas é melhor tentar mirar no montante mais elevado e ficar de fato com algo um pouco mais modesto do que o oposto! Lembre-se que ninguém sabe de antemão o que possa lhe acontecer após decorridos muitos anos entre a juventude e a aposentadoria.

Ainda de acordo com a citada consultora sênior da Mercer do Brasil e ainda segundo a Tábua de Sobrevivência mais recente criado, a BR-EMS (antigamente chamada de Tábua de Mortalidade), um homem de 30 anos precisaria poupar mensalmente R$ 960,96, obtendo um rendimento de juros reais (portanto acima da inflação) de 3% ao ano, para alcançar aos 60 anos (180 meses depois) a renda acima citada de R$ 2,7 mil mensais (fator básico 1).

Faça seus próprios cálculos para os fatores 2 a 10 para começar a compreender como é difícil sua missão de acumular o suficiente para sua velhice.

Como este consultor financeiro há um bocado de anos também estudou Ciências Atuariais (quase esqueceu o que aprendeu na época...) chamo a atenção dos leitores de que menos de 1% da nossa população se tornará muitíssimo rico (classes A1 e A2) e apenas 2% da nossa população terá o suficiente para usufruir de uma vida confortável ao alcançar 60 ou 65 anos e idade (classe B1 ou B2). (sem necessidade de continuar trabalhando). A escolha será sua, fazer parte dos 2% independentes financeiramente ou, dos 98% restantes da nossa população...

Não tenho dúvida de que se você almeja ter uma vida confortável e sem preocupações, podendo enfrentar as elevadíssimas despesas médicas, hospitalares, laboratoriais e planos de saúde a partir de determinada idade e ainda poder gozar dos prazeres da vida moderna, precisará se planificar com a maior antecedência possível.

L.Frankenberg,CFP® - 28-4-2010

e-mail: perfinpl@uol.com.br e lframont@gmail.com

blog:www.seufuturofinanceiro.blogspot.com

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