O último a sair deverá apagar a luz.
ou melhor,
A esperança é a última que morre.
ou aquela que prefiro,
Depois da tempestade virá a bonança.
Louis Frankenberg, CFP® 08-12-2014.
Estou fechando o 5º
ano do meu Blog; www.seufuturofinanceiro.blogspot.com sentindo-me imensamente intranquilo
em relação ao nosso futuro imediato quanto país democrático e progressista e por
demais triste. O que será que nos
aguardará 2015?
Meu companheiro Andrew
F. Storfer* de uma importante entidade nacional da qual somos ambos associados,
conseguiu resumir com muita precisão o que igualmente eu penso e, por isso lhe
pedi licença para poder reproduzir por inteiro o texto referente a edição de
Dezembro de uma nossa revista. O todo é uma reflexão muito sábio!
Aconselho-lhes, por
esta razão, que pensem profundamente a respeito do assunto para não cometerem
equívocos dos quais poderão se arrepender tardiamente.
“Vivemos um período de transição”. Chega ao fim o primeiro
período do governo Dilma e se inicia o segundo, para o qual boa parte da
sociedade espera mudanças significativas na condução da economia. Espera também
muito mais rigor contra a corrupção.
Nestes quatro anos recentes o País viu a degradação de
pilares macroeconômicos que culminaram com inflação muito alta, crescimento
muito baixo, desempenho muito ruim da balança comercial, uma crise fiscal sem
precedentes, queda de produtividade, perda de confiança de empresários e investidores
e, mais recentemente, também perda de confiança de consumidores. Enfim,
descontentamento geral. Quase nada se salva quando se analisa os aspectos
econômicos. Talvez o nível de emprego e mesmo assim há controvérsias, havendo
críticas à metodologia do cálculo e sendo apontada a controvérsia do recorde de
auxílio desemprego.
A crise fiscal resultou no descumprimento da lei orçamentária
mesmo com todos os artifícios criativos, forçando a um acordo no último mês de
2014 para que o congresso alterasse a lei. O culpado foi o governo federal, que
gasta muito e gasta mal, mantendo uma máquina cara e ineficiente, devolvendo
para a sociedade muito pouco quando comparado com o que arrecada. Com os
agravantes de que investe quase nada e de que, com sua intervenção, afasta o
capital privado, além de drenar recursos da sociedade que poderiam ser
investidos.
O País assistiu nestes anos a experiências com juros básicos,
que desceram a níveis que o mercado considerou irrealmente baixos em
determinados momentos, a uma complacência com a inflação, a uma intervenção no
cambio, com a manutenção do real apreciado artificialmente, e a uma certa
aversão do Governo ao capital privado.
Para completar o quadro, as denúncias de corrupção nas
Estatais atingiram níveis nunca antes vistos. Somam, até o momento, dezenas ou
talvez centenas de bilhões de reais.
“Começamos o segundo período do governo Dilma com falta de
infraestrutura, falta de investimentos, estoques altos e falta de confiança
generalizada”.
Por mais que publicamente a cúpula do governo não admita a
situação crítica do País, são evidentes os sinais de que percebem a crise. O
mais evidente destes sinais é o fato de buscar novos ministros, mais alinhados
com o pensamento do mercado para tentar resgatar credibilidade. Alinhados com o
pensamento do mercado, neste caso, significa dar uma guinada na condução
econômica para o que efetivamente dá certo.
E para finalizar, meus
próprios comentários;
Neste meu blog preferi
sempre ser realista em vez de demasiadamente otimista e, por isso, mais uma vez
aconselho aos meus leitores de que é preferível adotar medidas que lhes deem a
possibilidade de encontrar saídas de emergência e não ser pego de surpresa
quando a estrada é obscura e esburacada.
Tenham portanto um “Plano B”.
As palavras acima de
Andrew para mim soam como um alerta para não sermos aventureiros e quem sabe,
postergar alguns projetos de vida mais caros ou arriscados para uma época melhor,
ou seja, quando assistirmos ao clarear do céu e a atual borrasca já tenha passada.
A vida me ensinou a
ser cuidadoso, mas ao mesmo tempo altruísta, isto é, como profissional e
planejador financeiro pessoal, almejar uma vida melhor para todos.
A mais digna possível!
Em Outubro deste ano publiquei
sem objetivo que visasse lucro, ou seja,
inteiramente gratuito, o Guia “32
Princípios para Lidar com seu Dinheiro”, guia este que já foi divulgado amplamente pelos portais UOL e do jornal O
Estado de S. Paulo e ainda o jornal Folha de S. Paulo.
O Guia é um resumo dos
32 Princípios que considero apropriados para a conquista com maior probabilidade da
independência financeira e uma vida melhor e mais digna. Vejam maiores detalhes neste mesmo blog em posts anteriores.
Despeço-me de vocês,
caríssimos e fieis leitores, prometendo voltar em fins de Janeiro ou começo de
Fevereiro de 2015 e desejando-lhes um feliz Natal. Que o próximo ano não seja
nada daquilo que Andrew e eu imaginamos que possa ser e que humildemente tenhamos
que pedir desculpas a todos. Com certeza preferimos estar enganados!
Louis Frankenberg, CFP® - 08-12-2014.
*Andrew F. Storfer; Eng. pela Escola Politécnica
da USP e Bacharel em Ciências Econ. e Adm. da Universidade Mackenzie e Sócio da
Empresa Interacta Participações.
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