domingo, 3 de agosto de 2014

Ir além dos conceitos tradicionais dos investimentos financeiros

Você somente limita suas escolhas aos tradicionais
conceitos numéricos?   
Louis Frankenberg,CFP  03-08-2014
 

Uma vida melhor é o que todos buscamos, porém a maneira de interpretar isoladamente o vocábulo “melhor” difere de pessoa para pessoa.
Confesso que somente ao redor dos 45 anos de idade é que comecei verdadeiramente a pensar com mais profundidade a respeito dos múltiplos conceitos e maneiras diferentes de enfrentar acontecimentos normais e imprevistos.   
Profissionalmente, como planejador financeiro pessoal, aos poucos fui adicionando outros ingredientes aos mais difundidos fundamentos relacionados com investimentos e criação de reservas financeiras, tais como rendimento real, diversificação, liquidez, segurança, poder aquisitivo, etc. Alguns continuavam sendo os tradicionais, outros passaram a ser mais conceptuais ou até heterodoxos.
Concorreu decisivamente para esta interpretação tão mais ampla o livro que havia lido e que tinha como título “Work and Family, Allies or Enemies”, ou seja, “Trabalho e Família, Aliados ou Inimigos”.
Sintetizando, o livro baseava seu enredo nos conceitos emitidos por 800 executivos norte-americanos pesquisados com bastante profundidade.
As conclusões básicas obtidas por seus autores, Steward Friedman e Jeffrey Greenhaus, foram;
*42,4% daqueles executivos nutriam maior importância às suas respectivas famílias do que à atividade profissional ou então à própria carreira.
*29,6% davam igual peso às suas famílias e à atividade profissional ou carreira.
*13% davam maior importância à atividade profissional ou carreira do que à família.
*15% elencaram outros aspectos que não a família ou atividade profissional.
Vocês, leitores, deveriam dedicar mais tempo à interpretação do título do referido livro. Não apenas lê-lo mecanicamente, mas refletir sobre o que significa e vislumbrar nas entrelinhas a abrangência do seu subtítulo, que é;
 “What happens when business professionals confront life choices”, ou seja, “O que acontece quando profissionais são confrontados com escolhas de vida”.
Concluirão que os objetivos e visões daqueles que contratam executivos e executivas são muitas vezes (ou quase sempre?) diametralmente opostos aos  que são contratados.   
Foi somente a partir da leitura do referido livro que comecei a dar imenso valor a facetas diferentes relacionadas com investimentos e maneiras de amealhar reservas financeiras e que não fossem apenas os predicados mais conhecidos. As minhas entrevistas com executivos e cônjuges passaram a abordar, além dos aspectos financeiros, prioridades de vida e os tantos outros objetivos que indivíduos possam ter ou sonhar em tê-los.
No decorrer dos anos, os resultados obtidos me provaram sem sombra de dúvida que aspectos meramente numéricos em nossas vidas são importantes, mas certamente não são os únicos que concorrem para nos dar, em tese, maior felicidade e satisfações.  
 
Louis Frankenberg,CFP  03-08-2014
 

 

 

  

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