Talvez não saibam, mas durante 6 anos fui colunista da revista Exame da Editora Abril.
Em 4/11/1998 enviei eletronicamente o original de uma matéria que foi então publicado em 18/11/1998 na edição # 675 daquela revista sob a denominação
"De onde vem nossas dívidas".
Como recentemente terminei a série de 4 matérias a respeito de Educação, Saúde, Segurança e Aposentadoria relacionadas a tributos que a pessoa física paga em duplicidade, contrariamente ao que a Constituição de 1988 proclama, resolvi provar para vocês de que absolutamente nada mudou em 15 anos que transcorreram desde então!
Prestem atenção ao texto escrito na época, pois propositadamente nada alterei em relação àquele original escrito na época.
Atenção; mantive também o título original que dei à matéria ou seja a denominação sugerida de
"Porque estamos endividados! ou Um grito de socorro!" Tudo, isso há 15 anos, em 1.998!
Boa leitura e bastante reflexão em relação aos acontecimentos que atualmente ocorrem em nosso país e de como você deve tentar se defender.
Louis Frankenberg, em 30/06/2013
Blog; www.seufuturofinanceiro.blogspot.com
E-mail; perfinpl@uol.com.br e lframont@gmail.com
A seguir a matéria original, ainda sem revisão final que transmiti eletronicamente para a revista Exame em 4 de Novembro de 1.998
de Louis Frankenberg
PORQUE ESTAMOS
ENDIVIDADOS ou
UM
GRITO DE SOCORRO
Todos nos,
cidadãos classe média, simplesmente refletimos o que ocorre em escala
gigantesca em nosso próprio
país.Estamos todos endividados.
É lastimável que coletiva e individualmente, temos de empenhar uma parte de nossos suados ganhos para pagar esta salgada conta.
Somos nos da classe média, espinha dorsal de qualquer nação, as grandes vítimas.
É o grupo social que sustenta sob seus ombros uma boa parte desta pesada máquina do Estado e nem sequer lhe é devolvido o que lhe foi prometido pelas inúmeras e passadas Constituições.
Como sempre somos as vítimas prediletas dos poderes Executivo e Legislativo.
É lastimável que coletiva e individualmente, temos de empenhar uma parte de nossos suados ganhos para pagar esta salgada conta.
Somos nos da classe média, espinha dorsal de qualquer nação, as grandes vítimas.
É o grupo social que sustenta sob seus ombros uma boa parte desta pesada máquina do Estado e nem sequer lhe é devolvido o que lhe foi prometido pelas inúmeras e passadas Constituições.
Como sempre somos as vítimas prediletas dos poderes Executivo e Legislativo.
Provo o que
digo e demonstro o porque.
Educação
Embutido nos inúmeros tributos que pagamos, direta e
indiretamente, nos prometeram educação básica para nossos filhos. Quais os pais
responsáveis pela empregabilidade futura dos seus filhos que ainda confiam na
boa qualidade do ensino público?
Uma parte importante do
orçamento doméstico forçosamente é destinado para pagar a escola privada que tem oferecido
melhor resultado mas custa os olhos da cara e nos sacrifica sobremaneira.
Saúde
A Constituição apregoa
orgulhosamente “saúde para todos”. Na prática não é bem assim. Os hospitais
públicos são deprimentes, deficientes e insuficientes. Consultas relâmpagos, após enfrentar-se
filas quilométricas, jamais conseguem diagnosticar as causas de nossas dores e
enfermidades, que dirá curar. Consequentemente precisamos pagar pesadamente por
planos de saúde mas que nem sempre cobrem todas as doenças.Estes pagam apenas parcialmente
cirurgias com os médicos de nossa confiança. A parcela maior geralmente sai de
nosso próprio bolso.
Os remédios receitados sobem incontrolavelmente de
preço.E para piorar, nos dias de
hoje,engulimos pílulas de autenticidade duvidosa.Onde estará a rigorosa fiscalização pela qual também já pagamos?
Juraram que com um imposto adicional denominado CPMF, debelariam o sucateamento da saúde.Por enquanto apenas transformaram o “P” de Provisório em Permanente.
Juraram que com um imposto adicional denominado CPMF, debelariam o sucateamento da saúde.Por enquanto apenas transformaram o “P” de Provisório em Permanente.
Segurança
Com os impostos
estaduais e municipais arrecadados, milhares de policiais são recrutados para
nos proteger na cidade e nos campos.Infelizmente a nossa segurança cada ano deteriora mais. Gastamos
fortunas em geringonças eletrônicas que
deveriam nos dar tranquilidade em nossos lares, mas não dão.Os guaritas se
multiplicam constantemente e portarias de prédios são ocupadas por pessoas de
qualificação insuficiente para nos proteger convenientemente.Já nos acostumamos aos alarmes sofisticados dos carros que soam
todo santo dia (e noite). As
joias que usávamos antigamente criam mofo nos cofres. Os engaiolados somos
nos enquanto o bandido anda solto. Onde
estará o policial pago por nos?
Transporte coletivo
Chego a
conclusão que deve ser bem mais simples construir viadutos e outras obras públicas grandiosas,do que organizar e
fiscalizar meras empresas de transporte
de ônibus nas grandes metrópoles do país. Na cidade de São
Paulo,precisamos adquirir um carro para cada membro da família, pois nem
uma linha única de ônibus ou metrô leva alguém diretamente de sua casa
ao trabalho ou escola e vice versa.
A solução adotada, de um
carro adicional pelos mais bem
aquinhoados, amplia mais ainda os congestionamentos e nossas
despesas mensais. É o imposto sobre a gasolina ou álcool. É o IPVA. É o talão da zona azul, vendido com
ágio.
E para o cúmulo
dos absurdos inventam a proibição de
circular por um dia da semana, sem baixar proporcionalmente o IPVA em 1/7
Ruas e estradas
Orgulhosamente dirigimos nossos
A consequência são pneus e aros estourados e suspensões avariados.
Apelar a quem? Quais as provas que dispomos ? E o tempo disponível para acionar judicialmente Município, Estado ou Federação?
Invariavelmente quem lucra é a oficina mecânica, apesar de termos pagos religiosamente nosso IPVA e tantos outros tributos em cascata.
Aposentadoria
Após pagar a vida inteira ao nosso tradicional INSS, precisamos complementar nosso sustento com algum plano da previdência complementar privada se quisermos ter uma vida digna e cômoda.
Concluo que não é sem razão que todo cidadão classe média, desesperado, está vergado ao peso de seu endividamento, vesgo de raiva e sem ver a luz no fim do túnel.
01/07/2013 atenção;
A pedido de um fiel leitor desta coluna, argumentando que alguns pudessem duvidar das minhas declarações de 15 anos passados, abaixo estou reproduzindo a página de Exame onde constava aquela matéria;