Refletir
e agir para não submergir!
Louis Frankenberg, CFP® 09-03-2013.
É você
que deverá decidir de como irá enfrentar o dilema do delicado assunto que estarei
abordando na crônica abaixo e que, eventualmente, poderá
ter enormes consequências em seu porvir.
Nós seres humanos, entre inúmeros outros defeitos
que possuímos, temos aquele que tenta diminuir ou mesmo sublimar de nossa mente
aquilo que é oposto às nossas mais caras vontades e interesses.
Ressalvando alguns poucos entre nós que
acreditam possuir poderes sobrenaturais, não temos a mínima chance em adivinhar
o que nos acontecerá nem no dia seguinte, o que dirá então tentar imaginar o
nível da nossa situação econômica e saúde física e mental daqui a 10, 20, 25 ou
mais anos.
Somos, entretanto, suficientemente inteligentes
para sabermos que somente o livre arbítrio, o planejamento e a respectiva implementação
pode nos levar ao ápice do sucesso financeiro, porém igualmente ao abismo do
completo desequilíbrio sócio econômico devido fatores completamente fora de
nosso próprio controle.
Envolvido que tenho estado com pessoas comuns, executivos
e profissionais liberais nestes últimos decênios, não posso esquecer-me de apontar
os crescentes custos médicos e hospitalares, à medida que envelhecemos. Não
poucas vezes existe até a necessidade de pessoas especializadas serem
contratadas para supervisionar a nós mesmos, quando não tivermos mais a capacidade
de nos cuidar sozinhos...
Este planejador financeiro neste exato momento e
deliberadamente está tomando a iniciativa para tentar sacudi-lo(a) de suas ilusões
de eterna independência e saúde, caro amigo(a), com o único propósito de que
penses com muito mais empenho em seu próprio (nebuloso e imprevisto) futuro.
Estou a provocá-lo(a) a pensar em um período de
sua vida em que você, de própria vontade ou não, terá de pendurar as chuteiras
e conviver somente com os frutos decorrentes do patrimônio que tenhas acumulado
anteriormente e do rendimento que irás obter do INSS e/ou de fundos de previdência
complementar ou de outras formas quaisquer de receita adicional para este novo
período de sua vida.
Tudo isto, caso não tenhas feito seu dever de
casa muitos anos antes e precavidamente tomado medidas em relação a este
assunto tão importante.
A principal razão desta minha provocante crônica
é justamente desejar lembrar aos meus leitores e atuais e antigos clientes, que
muito estimo, quão complexo e difícil que é a construção de futuras fontes de
receitas que sejam suficientemente elevadas para oferecer-lhes uma vida
confortável e sem preocupações nos anos vindouros.
Mil fatores de diferentes matizes podem ocorrer
para que você deixe de alcançar seus objetivos pré-estabelecidos. A vida pode nos
preparar mil e uma surpresas.
Em outra oportunidade estarei mencionando as
diferentes maneiras de como fontes distintas de receitas podem ajudar você a
enfrentar com maior probabilidade de sucesso, um futuro praticamente impossível
de ser visualizado na atualidade. E não adianta você se colocar viseiras, elas
surgirão de qualquer maneira!
O assunto é complexo, é controvertido e ninguém,
ninguém mesmo, tem a varinha de condão para saber até que ponto os aspectos que
abordo são suficientes e absolutamente eficientes naquela época tão longínqua.
Os conselhos que darei a seguir são apenas
frutos da minha experiência passada e não significam garantia de validade para
o futuro.
·
Você
apostou todas as suas fichas em apenas uma ou duas fontes diferentes e uma
delas simplesmente falhou (não existe mais)! Aos que vem me consultar tenho
recomendado que tentassem criar 3, 4 ou mesmo cinco fontes futuras de receita
(coisa de nenhuma maneira simples), pois estatisticamente uma delas poderá
falhar redondamente e lhe deixar muito mal. Não se arrisque!
·
Não
entre em investimentos que não sejam de grupos financeiros tradicionais e
consolidados e que tem planos financeiros sólidos, hoje funcionando a contento
e pagando há anos aos seus beneficiários remuneração digna justa.
Informe-se
com seus amigos já aposentados quais são os bons e aqueles que de maneira
alguma recomendariam! Acreditem, não confiem apenas nos conselhos de jovens
gerentes de relacionamento, (sem experiência de vida) ansiosos por preencherem
suas cotas mensais...
Lembre-se
também que fundo ou investimento que tenha passado de sucesso não significa
futuro igual e nem na publicidade deslumbrante de produtos de moda.
·
Um
grande erro é não levar nosso INSS em séria consideração e consequentemente não
contribuindo mensalmente com seu justo quinhão, (limite 10 S.M.), pois nosso “tradicionalmente
deficitário” Instituto de Seguridade Social não é apenas de “Previdência”
quando se alcança a idade conveniada para a aposentadoria, mas também serve
simultaneamente como “Seguradora de Vida”, que garantirá os pagamentos aos
beneficiários caso você morre antes do tempo e deixa sua viúva (o) e
eventualmente filhos menores necessitados ainda de alimento e educação.
Este
Planejador Financeiro já ofereceu consultoria para inúmeras viúvas, cujo único
rendimento real, deixado pelo marido ou esposa, era a aposentadoria recebida do
INSS.
·
Para
aqueles que não possuem condições de entender como funciona o sempre oscilante
e irracional mercado financeiro, certamente recomendamos os fundos
complementares de previdência mas, aos investidores mais qualificados tecnicamente,
também recomendamos que criem fontes alternativas de renda sob sua própria
supervisão, quais sejam fundos imobiliários, fundos de ações e fundos
multimercados.
Os
fatores inflação e taxas administrativas sempre devem ser considerados como relevantes hoje em dia, quando a obtenção de real
renda positiva torna-se cada vez menor, não só aqui em nosso país, mas no mundo
inteiro.
·
No
passado, para quem ainda se lembra, existiram os famosos pecúlios ou montepios
que um por um deixaram muitos de nossos familiares e antepassados na mão por
não contemplarem a desvalorização do dinheiro e não tinham embutido a conhecida
correção monetária.
Pois
bem, estudem com atenção de que maneira o capital que você acumula vai ser reajustada
periodicamente e em especial, na época de sua aposentadoria.
Leia
e guarde cuidadosamente todas as regras e informações que fixarão o quanto e
como você irá receber futuramente (simulações realistas devem ser feitas) e
analise todas as opções que o plano possa proporcionar, escolhendo a mais
apropriada para seu caso familiar. Consulte um especialista para não errar na
escolha. Algumas instituições financeiras utilizam tabelas demasiadamente
otimistas que nada tem a ver com a realidade, desta maneira induzindo você a
imaginar que terá mais do que o suficiente na aposentadoria.
·
Um
aspecto que muita gente ainda não percebeu é de que após se aposentar, digamos
aos 60 ou 65 anos de idade, considerando todos os atuais avanços da ciência
médica e hospitalar, da ciência e da tecnologia, acrescida das pesquisas a
respeito de hábitos alimentares saudáveis, e ainda fatores envolvendo a
importância de constantes exercícios físicos e intelectuais, resultarão na
razoável probabilidade de que você viva por mais 25 a 30 anos após parar de
trabalhar.
Já
imaginou então o que possa lhe ocorrer caso suas fontes de renda não forem
suficientes ou em boa parte secaram? Desastre na certa!
As
mais prováveis alternativas nessas ocasiões serão a desgraça de ter de depender
de filhos (caso existirem e tenham eles mesmos suficiente cacife e ainda forem
de uma índole muito especial de desejarem ajudar aos pais...) ou então,
(alternativa ainda pior) da sofrível ajuda do Estado (não aconselhável pelo que
sabemos que está ocorrendo atualmente, caso você costuma ver os noticiários dos
jornais e da TV).
Pobre
de si caso tenha finalmente que definhar gradativamente no sofá de sua casa e
sem perspectivas de ocorrer algum milagre!
Não
lhe desejo este fim de vida e por isso me esforcei por escrever esta crônica
tão negativa!
Amigos tenho consciência de que o assunto que
abordei é doloroso, espinhoso e sem dúvida muito delicado.
Acredito que uma boa proporção dos meus atuais
leitores jovens preferem empurrar certos aspectos da problemática de suas aposentadorias
e eventuais futuras fontes de renda por baixo do tapete, mas isto em nada os ajudará,
pois o envelhecimento e a diminuição de nossas forças físicas e intelectuais
acontecerá de qualquer maneira. Portanto é altamente recomendável tomar
providências a respeito agora mesmo.
Relembro ainda que para o Estado Brasileiro
você é apenas um mero número da estatística, portanto, não conte somente com o
mesmo para lhe dar uma vida mais digna.
A pergunta que farei a seguir é a seguinte;
Você consegue hoje imaginar-se na velhice,
alquebrado física, intelectual e financeiramente e, sentado, aguardando o fim e
permanecer sem tomar imediatamente alguma providência a respeito?
Caso seu subconsciente tenha sido tocado por
minhas palavras, mas já providenciou tudo que foi dito, meus efusivos parabéns.
Agora, caso você abomina e treme de medo só de
pensar que essa situação caótica possa lhe acontecer algum dia, aja agora
enquanto ainda tiver as melhores condições em que possa alterar este estado
deplorável, para não ter de enfrentar um triste e miserável futuro!
E caso desejar (ou precisar) a minha ajuda,
abaixo vão os endereços para me encontrar!
Abraço amigo,
Louis Frankenberg, CFP® 09-03-2013.