domingo, 6 de maio de 2012

Inflação→Capitalização→Saúde→Longevidade,nesta ordem!



Louis Frankenberg,CFP®     6 de Maio de 2012

Eu estava sem inspiração para escrever a presente edição do meu blog quando ontem, 5 de Maio  deparei na Folha de S.Paulo com outra magnífica matéria escrita pelo Dr. Dráuzio Varella com o título “Longevidade Irresponsável”.  
Meditando a respeito do texto, meu circuito cerebral  deu o estalo! Pronto já sei. Vai ser isto e feliz da vida eu já conseguia enxergar a presente crônica,  com as flechinhas  e tudo o mais!
Será que meus fieis leitores conseguirão absorver a importância daquilo que lhes desejo repassar? A maioria de vocês   terão de pensar a longo prazo, coisa não muito fácil em um país de improvisadores e imediatistas.

Inflação
A maioria de nós brasileiros crescemos com ela e conhecemos  muito bem seus reflexos sobre nossas vidas. Podemos compará-la a um terrível monstro que devora nossos ganhos e poupança, deixando-nos  completamente frustrados. Já foi bem maior, mas ainda hoje nos afeta demais.
O Governo nos informa  que a inflação foi  de aproximadamente 6,5% no ano passado. Qual será seu percentual este ano?  Ninguém pode nos informar com precisão, apenas sabemos que todos os itens de nosso orçamento doméstico aumentam constante e gradativamente de preço e geralmente nossos salários e rendimentos do capital não os acompanham na mesma proporção.
Caso confiarmos na tradicional e até agora  inabalável e tradicional Caderneta de Poupança” que oferece aproximadamente 6,17% + TR ao ano, quem sabe apenas iremos empatar com a inflação e podemos ficar satisfeitos de que não iremos perder dinheiro ou seja parte de nosso capital.
Alguns outros investimentos de renda fixa (Fundos, CDB, Tesouro Direto etc.) podem oferecer ligeiramente mais rendimento, mas a gente não deve esquecer de embutir no resultado final o fator “inflação” ou seja, a perda do poder aquisitivo da  nossa moeda” e mais determinado custo administrativo do administrador financeiro, incluindo ainda + 15% de Imposto de Renda sobre o rendimento.
Como não desejo discorrer  e me aprofundar  a respeito de inflação e seus malefícios apenas o seguinte; além de corroer nossos ganhos e  orçamento doméstico cria enormes dificuldades para verdadeiramente ampliarmos  nosso patrimônio.

Capitalização
A mim ensinaram que devo criar reservas para os imprevistos e acidentes de percurso da vida. Pessoalmente passei a ser um dos arautos destes ensinamentos e os tenho retransmitido da melhor maneira possível para todas as camadas da população deste nosso imenso  país, pátria  de mudanças bruscas de rumo, improvisações  e impressionante incentivo estatal  para a gastança e a tomada de empréstimos e compras a prazo, sempre acompanhados de juros elevadíssimos.
Enquanto o Governo arrecada e gasta com volúpia e ardor, a sua população é considerado um dos que  internamente menos poupa. São pesquisas  mundiais.
Como já vimos antes, a inflação e demais ônus daqueles que  poupam e desejam pensar em seu próprio porvir, como justa compensação recebem apenas uma moeda desvalorizada. Infelizmente   somente   uma pequena e privilegiada parcela da população quando se aposenta, irá receber uma pensão satisfatória, reajustado pela depreciação da moeda e equivalente ao último cargo que ocuparam. São aqueles  que trabalham pelo estatuto do funcionário público.  Teoricamente não precisariam poupar. 
E nós outros que não temos a sorte em pertencer a estas  elites governamentais?
Nos temos absoluta e vital necessidade de nos precaver ou seja precisamos capitalizar e jamais desperdiçar! Cada mil reais  poupados quando jovens mais nos aproximam de um futuro tranqüilo.   Durante os últimos 6 anos e antes de me aposentar, eu recolhia mensalmente 20% sobre 10 salários mínimos, como empregado de uma empresa de turismo (além de recolher como autônomo).
Hoje o INSS me castiga com apenas 2,5 salários mínimos... (este é apenas um minúsculo exemplo do que acontece aos que  imaginam poder depender apenas da previdência social).
Outra alternativa é poupar através dos planos de aposentadoria da previdência privada complementar,   porém sem jamais se descuidar de recolher igualmente ao INSS. (e atenção, escolha uma Entidade Previdenciária muito confiável, de tradição e reze para que esta não quebre ou faça outras bobagens antes de você desejar descansar). 
Agora você já tem duas fontes potenciais de capitalização que teoricamente deveriam lhe dar  paz de espírito suficiente para enfrentar  seu dia a dia de trabalho, ainda na ativa.
A soma destas  duas fontes de rendimento futuro  serão suficientes?  Para uns sim para outros não.
Conselho; crie, caso puder mais algumas fontes adicionais de renda futura. Fácil? Nem um pouco, pois provavelmente você já está separando mais que 20% a 30% dos seus ganhos periódicos para o dia de amanha! Pior, você nem terá certeza de que as duas fontes de renda existirão quando você pensa poder contar com elas. Desculpe gente, é esta a cruel realidade da vida e não foi inventada por mim!
É claro que posso me aprofundar  ainda mais na capitalização, porém falta espaço e acredito que apenas alguns poucos de vocês são suficientemente persistentes para ler meus comentários até o fim.
Apenas mais isto; caso quiserem ter uma boa probabilidade de um futuro mais confortável e tranqüilo, terão de fazer  muitos outros sacrifícios imediatamente e por muitos anos.  Automóvel novo todo ano? Nem pensar. Troca de imóvel por outro mais espaçoso?  Idem.

Saúde
Transcrevo abaixo um micro resumo da matéria “Longevidade irresponsável” do Dr. Dráuzio Varella que me inspirou.
“Somos descendentes de homens e mulheres que (antigamente) lutavam para conseguir alimentos altamente caloríficos porque eram dependentes da caça e da pesca esporádicas.
Veio o século 20 com o saneamento básico, as noções de higiene pessoal, as tecnologias de produção e conservação de alimentos, as vacinas e os antibióticos. Em apenas 100 anos a expectativa de vida no Brasil atingiu os 70 anos (de 33,7 anos em 1.900). Provavelmente em 2030 atingiremos a expectativa de 78 anos. (a do Japão nos dias de hoje)
Quero chamar a atenção para a irresponsabilidade ao lidarmos com (nosso) corpo. Aos 40 anos você pesa dez quilos mais do que aos 20. Aos 60 anos já acumulou mais uma arroba de gordura. Não resiste aos doces nem aos salgadinhos, fuma, bebe um engradado de cerveja de cada vez, é viciado em refrigerante, só sai da mesa quando está prestes a explodir...
Aí quando vem a hipertensão, o diabetes, a artrite, o derrame cerebral ou o ataque cardíaco, maldiz a própria sorte, atribui a culpa à vontade de Deus e reclama do sistema de saúde que não fez por você tudo o que deveria”.

Longevidade
O Frankenberg, distante de igualar-se à sabedoria do Dr. Varella em questões de saúde,  faz questão de chamar a sua atenção para o incrível peso dos custos financeiros dos medicamentos, médicos, dentistas,  laboratórios, hospitais e/ou planos decentes de saúde, que ocorrem na idade mais avançada ou seja quando você sai em  busca da  longevidade, mas com qualidade na sobrevivência.
É possível prever que pessoas conscientes de se alimentar saudavelmente, fizerem exercícios físicos constantemente e  regularmente visitem seus médicos e  fazem check-ups,  terão certamente a probabilidade de chegar aos 85 ou 90 anos!
Caso eu lhes  afirmar  que os custos diretos e indiretos com a saúde são passíveis de consumir entre 30% a 50% dos ganhos mensais de um casal  a partir dos  65 anos, não devo estar muito longe da realidade. Conheço casos em que boa parte do patrimônio  e renda de casais são ou foram absorvidos por este item! Esta minha afirmação não está sendo dito inconscientemente!
Provavelmente é o item “saúde”, um dos pesos financeiros mais relevantes a partir  de um determinado momento em sua vida. É claro que falo pelas pessoas que se  preocupam com o item qualidade de vida. Se não tiver cacife suficiente morre mais cedo! É tão simples assim.
A experiência pessoal em ter me sensibilizado definitivamente pelo aspecto “saúde” a partir da meia idade, e ainda incentivado igualmente por minha companheira de inúmeros anos, ajudou enormemente para que  ambos atualmente termos  uma vida com muito mais qualidade.
Concorreu também a certeza que eu tinha de que os custos com a saúde aumentariam enormemente como de fato ocorreu. Caso eu não tivesse tido consciência deste fator, provavelmente não estaria escrevendo este blog e ainda trabalhando ativa e alegremente como planejador financeiro numa idade em que a maioria dos meus amigos e familiares somente ficam sentados passivamente no sofá, contemplando a TV e a vida a passar bem ao longe!
“Longevidade” para mim não está significando permanecer em casa, mas sim levando uma vida dinâmica de trabalho, diversão e viagens, praticamente  igual a vida que  levava aos 40 anos!
Como disse o Dr. Dráuzio Varella, o opção  também é principalmente da gente e não somente da fatalidade!

Louis Frankenberg,CFP®  06-05-2012

 Nota; Infelizmente não mais me é possível remeter aos fieis leitores um e-mail com a mais nova postagem. Os administradores da internet me consideram espalhador de Spam. Agradeço por seus comentários e opiniões.





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