segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Vencendo os enormes obstáculos existentes para tornar-se independente financeiramente

Louis Frankenberg,CFP®          29-08-2011

Acredito que possuo experiência suficiente para dar pelo menos alguns palpites e conselhos úteis aos  fieis leitores deste blog quando lhes digo que meu “CPF”  junto à Secretaria da Receita Federal inicia com os números 001...(o mundo das siglas pode confundir vocês, portanto explico que como profissional certificado em planejamento financeiro pessoal, pelo IBCPF (www.ibcpf.org.br)  tenho permissão para  anexar a sigla CFP® após meu nome, sigla essa muito parecida).
Aliás, tão importante quanto conhecer as características diferentes de cada tipo de sigla ou investimento é adotar algumas regras básicas para quem deseja tranquilamente alcançar o conforto e sucesso financeiro.
Para  enumerar os enormes obstáculos existentes para tornar-se independente financeiramente
(e manter-se permanentemente independente a partir daquele mágico momento da percepção de que chegamos lá em cima dessa montanha pelo resto da vida), eu precisaria escrever  mais outro livro apenas com a citação dos tópicos  envolvidos e,  certamente não é esta a minha pretensão.
No meu blog anterior a este descrevi meus  mais caros valores morais e éticos e igualmente mencionei  “que deveríamos ter fé em nossos semelhantes, mas jamais cegamente”.
Encontrei nestes anos todos de militância financeira muitas  pessoas que eu julgava terem os ingredientes  necessários  para tornarem-se vencedores,  é claro sob um aspecto meramente financeiro.
Por que então algumas delas  acabaram não sendo  vencedoras financeiras?
Não possuo resposta  única mas desconfio  que o assunto é por demais complexo para caber em poucas  linhas, pois envolve  inúmeros fatores econômicos, familiares, sociais, psicológicos, culturais, de formação educacional, de caráter  e tantos outros.
Conheci pessoas que tinham excelente conhecimento de cálculos matemáticos, mesmo assim não  conseguiram acumular patrimônio. Faltava  algo que eu não consegui descobrir e elas muito menos anular ou pelo menos controlar razoavelmente.  
Conheci pessoas que tinham aquele dom inato dos comerciantes e empreendedores, e   inúmeros outros ingredientes como por exemplo  lábia suficiente, envolvendo geralmente seus interlocutores com suas histórias mirabolantes e algumas vezes fantasiosas. Mas  mesmo assim não conseguiram acumular um razoável patrimônio e  principalmente mantê-lo.
Conheci pessoas  que herdaram verdadeiras fortunas de seus pais, mesmo assim conseguiram dilapidar  tudo  que estes antecedentes acumularam em pouquíssimos anos,  algumas delas passando a ter até dificuldades  na velhice. Inclusive acompanhei  as histórias de algumas das ganhadoras dos prêmios maiores  em jogos de azar e igualmente a triste epopéia de  alguns jogadores geniais de futebol...
Conheci pessoas com personalidade e caráter maravilhoso, sempre pensando no positivo dos outros e talvez por esta razão se esquecendo de si mesmas. Algumas delas até que tiveram vidas financeiras razoáveis, outras nem tanto.
Conheci  também pessoalmente indivíduos que após pouco tempo de convivência profissional, teria preferido não tê-los conhecido e, conseqüentemente, o mais rapidamente possível, afastando-me deles.
Alguns deles , entretanto tornaram-se milionários. De que maneira ? Sinceramente não tenho como lhes explicar.
Portanto acima citei alguns tipos diferentes de pessoas. Devem ter notado que não existe qualquer correlação  visível entre as mesmas mas algumas delas tiveram sucesso financeiro, outras não.
Será que o fator sorte de algumas teria tido influência fundamental no sucesso  ou a falta de sorte de outras? Apesar de considerar a palavra sorte fazendo parte integral do enigma do sucesso de algumas pessoas ou fracasso de outras, não  julgo  este fator  como imprescindível.
Acabei acreditando de que não existe nenhuma medida precisa ou matemática  ou  mesmo fórmula mágica que possa ser usada  para garantir sucesso financeiro à alguém, pois como  dizem “cada cabeça, uma sentença” ou seja nós seres humanos somos um por um diferentes uns dos outros, na aparência externa como igualmente dentro dessas nossas  cacholas difíceis de mudar e  ainda tão pouco entendidas pelos antropólogos e psicólogos.
Meditem um pouco  a respeito desses 6,5 bilhões de seres humanos existentes, cada  qual com Impressão Digital, Iris e DNA diferentes.
Pensem em seus pais, vovôs, esposas, filhos, tios e tias e  todos estes familiares com características diferentes entre si  para   também   concluírem de que não adianta querermos imitar outros seres humanos que admiramos. Acredito que um dos nossos maiores erros é não tentarmos  com mais afinco aprimorar nossos próprios melhores dons naturais e ainda  aqueles adquiridos com a aprendizagem pela vida afora.
Desejo agora humildemente  abordar alguns aspectos e diretrizes que a meu ver,  nestes anos todos deste meu observatório particular, terem tido efeito positivo na abordagem  de uma quantidade nada desprezível de pessoas na obtenção do   sucesso financeiro.
Reafirmo enfaticamente que talvez aumentem a probabilidade”  destes aspectos e diretrizes  atingirem seu objetivo na  conquista da independência financeira, não sendo absolutamente fórmulas ou regras  infalíveis e absolutas    para  se alcançar  este objetivo.
Os aspectos por mim abordados não passam de mera observação cuidadosa da vida financeira de pessoas de todos os níveis culturais, intelectuais e financeiras que nestes anos  todos giraram na minha órbita  familiar e profissional.
  • Verifiquei que muito mais pessoas conquistaram a independência financeira quando vagarosa e sistematicamente  construíram suas fortunas medianas ou maiores, tijolo sobre tijolo ou seja acumulando aos poucos  seu patrimônio e tranqüilidade financeira.
  • Conclui que aventureiros e pessoas pouco éticas  não conseguiram conservar seu patrimônio, passado  o período áureo de suas vidas, ou seja quando já deveriam estar usufruindo  do merecido resultado de terem feitos as coisas corretamente e com sabedoria.  
  • Pessoas que se assessoraram de profissionais honestos e desinteressados (e escutaram com atenção e não  amigos e conhecidos pouco técnicos e apenas armadas de  boas intenções),  tiveram maior probabilidade de acertarem com produtos financeiros e não financeiros.
  • Aquelas pessoas sempre ansiosas e inquietas e constantemente alterando a composição de seus investimentos, na maioria das vezes tomaram decisões erradas em momentos errados.
  • Sempre desconfiei de profissionais de todos os matizes que vomitavam prognósticos e vaticínios de resultados  miraculosas em alguma data futura, geralmente  acompanhados de valores  precisos que não se confirmavam posteriormente (quando o leite já tinha sido derramado).
  • O corolário do item anterior a esta é que em minha própria avaliação da quantidade de incógnitas  existentes em qualquer equação da vida econômica, financeira e social  do mundo é imensamente maior que a quantidade de fatores (dados) conhecidos ( e que sempre podem se modificar a qualquer momento).
      O mundo está cheio de exemplos passados e atuais que confirmam esta minha observação.
  • Como não sabemos onde e quando a próxima crise irá eclodir, a melhor forma de acumular   patrimônio ainda é através da diversificação, pois estudando-se os últimos 200 anos da economia mundial, verifica-se que já houve períodos altamente positivas para todos os tipos de negócios e investimentos.   
Termino esta minha crônica com um alerta ou conselho bastante útil para suas vidas;
não confiem cegamente em qualquer governo, pois os interesses  de quem está politicamente ocupando  posição de relevância, sempre o será apenas em relação aos interesses de si mesmo ou da ideologia ao qual está servindo naquele instante. Pense na quantidade de dirigentes que já tivemos aqui mesmo, endeusados em dado momento para posteriormente  serem  espezinhados  pelos erros cometidos... ( enquanto nos meros mortais sofremos as conseqüências!)
Lideranças governamentais jamais irão admitir que alguma medida econômica ou financeira, enquanto em vigor,  não é a mais   correta...
Antes de tomar qualquer decisão em relação a investimentos para o médio e o longo prazo, analise com cuidado o passo que dará e que possa afetar diretamente seu futuro.  
Pense sempre mais em si mesmo e nas pessoas  que  o cercam, pois você tem apenas  muito poucos anos para formar um razoável patrimônio e fontes de renda que lhe garantam qualidade de vida na aposentadoria.  Nunca faça algo somente porque outra pessoa  o fez  e por isso deve ser bom!
Um forte abraço e até a próxima coluna, que dessa vez vai demorar um pouco mais do que de costume. Tenha paciência que estarei voltando.    
Abraço,  Louis
     
     Louis Frankenberg,CFP®  29-08-2011
      


 



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