Louis
Frankenberg, CFP® 30-01-2014.
Iniciando o ano de 2.014
desejo primeiramente manifestar minha admiração por um grupo de abnegados e fieis
leitores da coluna que, apesar de saberem que eu não haveria de produzir novos
textos entre 7 de Dezembro de 2.013 e a presente data, continuaram a clicar
para ver se Frankenberg tinha alguma novidade a ser divulgado.
Quem sabe, meu sobrenome de
origem germânica, tem sua origem no vocábulo “franqueza”, pois sempre senti repulsa em dizer ou escrever algo que
não sentia como absolutamente autêntico e sincero de minha parte.
Em geral quando
inadvertidamente isto acontece, sem ser meu propósito, fico me auto criticando quando
esta característica comum do ser humano escapa sem querer.
Levo tempo para me recuperar e
irritado comigo mesmo, permaneço auto acusando a mim mesmo. Na minha idade já
deveria ter superado este pecado, mas não consigo me regenerar.
Estou de volta após ter
visitado meus familiares longínquos e desejo que vocês todos tenham um
próspero, feliz e saudável 2.014 junto aos seus familiares.
Desde há muito, sempre quando
estou de férias, novas ideias brotam espontaneamente do meu cabeçudo cérebro
(maneira pela qual sou descrito por minha esposa) e como sempre, neste último
período de férias elas novamente ocorreram. É interessante observar que minhas melhores
ideias profissionais sempre ocorreram quando estou longe das minhas atribuições
diárias e habituais.
Será que isto também acontece
com vocês, caros leitores?
Muito honrado, provavelmente por
ter sido no Brasil o primeiro a escrever e falar a respeito de educação,
planejamento e saúde financeira das pessoas físicas, ainda na década dos anos
1970, fui escolhido para em Setembro próximo abrir o “CONEFIN”, 2° Congresso
Nacional de Educação Financeira, a ser realizado aqui em São Paulo.
Desde o 1° contato feito
comigo, ainda em Dezembro, minha cabeça não para de pensar no que vou dizer
para o grande e seleto público, que sinceramente espero, venha participar
daquele conclave tão importante para mim, assim como o será provavelmente para todos
os congressistas e conferencistas.
Acredito que aqueles que
comparecerem, terão aspirações semelhantes às minhas e as transmitirão em
seguida para a nossa população de cerca 200 milhões de brasileiros.
Educar, a semelhança de educar
financeiramente, é uma nobre missão que todos nos educadores devemos abraçar
com amor e abnegação! Quem sabe até pode valer um lugar privilegiado no céu!
Não gostaria de decepcionar
ninguém, pois acredito que saúde, felicidade e tranquilidade financeira estão entre
as mais importantes aspirações dos seres humanos.
Pessoalmente, como já faço há muito
tempo, aproveito minha férias para também ler jornais financeiros e as revistas
especializadas mais prestigiosas do mundo e, sempre consigo com as informações
e comentários publicadas nas mesmas, ampliar meus conhecimentos, horizontes e
conhecer as opiniões de outros profissionais a respeito de mercados acionários,
mercados de capitais, gestores financeiros e filósofos em geral das mais
diferentes procedências e culturas.
O foco de inúmeros
comentaristas e colunistas, geralmente também se expressa em relação aos
aspectos comportamentais e educacionais, questão esta nem sempre devidamente
absorvida e seguida por leitores e investidores em geral.
Quando um assunto muito me
interessa, o recorto e guardo para uso futuro neste meu blog que agora já
publico há quatro anos.
Minha mulher sabe muito bem do
que estou falando, pois é ela que desfaz e faz as malas em nossas constantes
deslocações e geralmente resmunga em relação aos plásticos cheios de recortes ocupando
os restritos espaços e sempre me pergunta se de fato vou usá-los!
Portanto, gente, aguardem que
alguns assuntos intrigantes e diferentes serão abordados nos próximos meses.
Para terminar esta edição do
1° blog do ano de 2014, desejo abordar sem ser em grande profundidade, um
assunto que constantemente me preocupa e ocupa minha mente.
Por que será que as pessoas
físicas não cuidam melhor de suas finanças pessoais?
Imagino que devido ao meu
envolvimento há tanto tempo com o tema “Finanças Pessoais”, a imensa maioria
daqueles com quem ainda lido ou já lidei no passado, preferem gozar o dia de
hoje (o momento presente) e, consequentemente consumir imediatamente, em vez de
guardar alguma coisa para o dia de amanhã.
Entre nossos distantes semelhantes
“ditos” irracionais que são aqueles do reino animal (ao qual nós também
pertencemos) existem aqueles que ostensivamente são precavidos.
Exemplifico com os esquilos
que guardam nozes que encontram no verão nos troncos das árvores para ter
alimentação suficiente no inverno e ainda as formigas que carregam as tenras
folhinhas verdes sobre seus ombros, equivalendo geralmente a um peso maior do
que elas mesmas pesam, para dentro dos seus ninhos, para se alimentarem
posteriormente.
Estou habituado a gritar aos
quatro ventos e constantemente que aproximadamente 95% da humanidade não tem o
suficiente para se sustentar quando chega à idade da aposentadoria e isto
ocorre em todas as partes do mundo e não somente em nosso país!
Esta imensidão de gente terá
de depender parcial ou completamente de seus filhos ou outros familiares ou então
da benemerência pública ou privada.
Em nosso país, ressalvado
parcela dos funcionários públicos, os demais cidadãos não terão o suficiente
para ter uma vida razoavelmente confortável, quando somente dependem da ineficiente
e dúbia previdência oficial, nosso onipresente INSS, quando desejarem descansar
após muitos anos de duro trabalho!
Gente, vamos começar a pensar
(e agir) mais a respeito de qual o modelo de futuro que cada um de nós deseja?
Triste para mim é constatar
que muitos dos executivos, profissionais autônomos e gente simples que conheço
há muito tempo (antigos clientes e igualmente familiares) jogam a culpa de suas
atuais dificuldades financeiras nos outros.
Aliás, esta é uma das características
negativas da personalidade do ser humano.
É mais fácil culpar a outrem
do que assumir parte ou a totalidade do infortúnio para algum terceiro ou mesmo
para alguma entidade privada ou governamental.
É claro que “os outros” podem
ter parcela ou a totalidade da culpa de nossas desgraças quando nada mais
podemos fazer para remediá-las, porém...
muitas vezes, fomos no mínimo
imprevidentes ou não observamos outros aspectos tais como diversificação ou
aconselhamento errado.
Futuramente voltarei ao tema
para abordar o outro lado da medalha, ou seja, aos erros que cometemos quando, inúmeras
vezes, nos envolvemos em interesses, escusos ou não, de terceiros que habilmente
nos convencem de alguma forma de aplicação ou investimento financeiro que de maneira
alguma deveríamos fazer e da qual nos muito nos arrependemos posteriormente.
Vou parar por aqui e até o
próximo blog.
Abraço,
Louis
Frankenberg, CFP® 30-01-2014.
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