terça-feira, 23 de novembro de 2010

Você também é um ingênuo e incauto investidor brasileiro?

Instituições Financeiras, como bancos comerciais e de investimento, corretoras de valores, financeiras, entidades de previdência, seguradoras etc, com o fortalecimento gradativo da nossa moeda, tornaram-se importantes depositários das nossas poupanças e reservas que precisamos criar para a aposentadoria e tantas outras finalidades.
Infelizmente, apesar dos controles exercidos por organismos de fiscalização, tais como CVM, Banco Central, SUSEP e outras entidades, algumas das empresas financeiras autorizadas oficialmente para funcionaremem nosso país, de vez em quando, continuam iludindo (no país do futebol melhor dito, driblando) a população e as próprias autoridades encarregadas de fiscalizá-las.
No momento atual, uma das mais conhecidas financeiras do grande público está sendo investigada por ter sido descoberta com um gigantesco rombo em sua contabilidade ( que ainda não está muito bem esclarecido ou talvez deliberadamente abafado).
De memória posso citar dezenas e dezenas de outras empresas do ramo financeiro que desfilaram em épocas passadas pela mídia com maravilhosos anúncios de seus produtos, serviços e rentabilidadese, vantagens etc para posteriormente serem citadas novamente, desta vez nas páginas policiais...
Como tantos outros jovens esperançosos da minha época, fomos coletivamente iludidos, não uma mas muitas vezes, e por incrível que  possa parecer, até pelo próprio poder público, que emitia dinheiro em  cascata para enfrentar seus enormes déficits, fazendo com que o nosso salário se esfarelasse feito pó em pouquíssimo tempo.
Diga-se de passagem que qualquer semelhança com  deficits governamentais  elevados nos dias atuais é mera coincidência...
Não estou contando nenhuma novidade para quem já viveu suficiente tempo para tudo ter visto, pois o que ocorre  na atualidade é apenas mera repetição de épocas passadas.
Mas não era somente o Governo que desferia (e continua  de vez em quando desferindo) golpes baixos na ingênua e indefesa população.
Golpes também eram dados também por alguns empreendimentos financeiros e não financeiros, que acenavam enganadoramente com lucros que algumas vezes acabavam transformando-se em prejuízo total para aqueles investidores que acreditavam ingênua e cegamente em publicidade que prometia retornos irreais e fantasiosas ou outras vantagens do gênero.
Relembro muito bem episódios em que raras vezes o ludibriado investidor recuperava seu dinheiro, desgraçadamente perdido    em negócios nebulosos que, posteriormente, seriam classificados por verdadeiros falcatruas e arapucas, imaginadas por pessoas inescrupulosas e amorais.
Guardo ainda uma carta com referências nada lisonjeiras, recebida do principal executivo da empresa “Fazendas Reunidas Boi Gordo”*, quando descrevi  negócios como os dele, na minha coluna quinzenal da revista Exame.
Meus comentários na época não foram muito favoráveis, apesar dos primeiros investidores terem ganho algum dinheiro nesses empreendimentos e sempre demonstravam entusiasmo pelos rendimentos fora do comum que haviam obtido.
Eu havia feito um minucioso estudo (que chamaríamos hoje de jornalismo investigativo) a respeito desses empreendimentos e chegado a conclusão de que algo estava muito errado. Meses depois o investimento deixou de existir...
(*Deixou na mão 30.000 investidores e dívidas no valor de R$ 2 bilhões em 2001.)
Hoje em dia a título de "aprendizagem financeiro" me consolo, imaginando que também isso faz parte do processo de crescimento e amadurecimento de cada um dos atuais investidores da Bolsa e tantas outras formas mais ou menos sofisticadas existentes nas prateleiras das instituições financeiras.
Quando jovens somos mais fáceis de sermos iludidos e fazemos questão de acreditar em fadas, futurólogos, pessoas bem falantes e propaganda sutil e bem produzida, mas nem sempre verdadeira.
Quanto mais velhos ficamos (digamos experientes...) nos tornamos, mais céticos e pragmáticos passamos a ser.
Até aprendemos (nem todos aprendem) a evitar a desilusão causada por entidades que deveriam nos proteger contra toda sorte de malandragens e não o fazem e igualmente a nos defender de empresas cujos dirigentes são demasiadamente maliciosos e nos enganam vergonhosamente com suas promessas posteriormente descumpridas...
Indago um milhão de vezes por que existem tantos organismos de controle e fiscalização governamentais, tantas empresas de auditoria, tantas associações de proteção e defesa do consumidor e investidor, tantas empresas de classificação de risco, todas  elas, uma por uma, especializadas em seus respectivos campos de atuação, quando afinal de contas chegamos a conclusão que nenhuma delas consegue se antecipar e revelar publicamente os constantes golpes que são desfechados contra a poupança e investimentos  da sociedade como um todo.
Quando algum desses organismos e empresas acima mencionadas é apontada como demasiadamente complacente e certamente igualmente culpada pelos males causados a tantas pessoas enganadas, sempre inventa alguma desculpa, tentando se esquivar do próprio erro. Também neste momento,  igualmente como de costume, é publicada uma nota em jornal com desmentidos etc.
Não fui eu, nem ninguém” é a letra de uma conhecida canção... e fica por isso mesmo. 
Prometo, caro leitor, em meu próximo e último blog do ano, dar alguns palpites (serão conselhos?) para evitar ou pelo menos diminuir as probabilidades de você entrar em alguma fria, desde que você me promete ser menos ganancioso, estudar com maior afinco cada negócio que aparece na sua frente e não adquire nenhum nova maravilha de investimento apenas porque seu vizinho, familiar ou amigo que é diretor que lhe deu uma “informação  altamente confidencial”.


Louis Frankenberg,CFP® – 23-11-2010
*Permissão para cópia ou divulgação de todo o conteudo e autoria.



Até aqui aqui também, nenhuma novidade.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Você tem alguém a quem possa chamar de mestre?

Talvez você não tenha, mas desde que ouvi falar de WARREN BUFFETT há alguns anos, é ele meu guru, inspirador, mentor, modelo e mestre, pelos ensinamentos transmitidos por um homem com “H” maiúscula, em relação a critérios de atuação que também eu adotei em relação a minha vida e ao planejamento e educação financeira.

A partir deste modesto blog faço o possível para imitá-lo, não em relação a fortuna que acumulou, pois continuo acreditando que dinheiro é apenas um meio para alcançar alguns dos objetivos da vida que impus a mim mesmo.

Tenho a convicção de que cada um de vocês que são meus fieis leitores, tem sonhos e metas de vida diferentes da minha e de Warren Buffet, mas talvez queiram saber quais são elas.

Vou tentar traduzir do inglês alguns dos seus conceitos, guardando-lhes o sentido original. Quem sabe possam servir para vocês mudarem alguns dos seus próprios hábitos ou, quem sabe até vícios e, dessa maneira, queiram igualmente conquistar alguns dos objetivos deste fascinante homem, um dos mais ricos e poderosos deste nosso complexo e às vezes tão injusto planeta.

Eis algumas de suas características, ensinamentos e feitos;

· Há pouco tempo ele doou 31 bilhões de dólares para o fundo que Bill Gates e sua esposa criaram a favor de uma Fundação Beneficente e de Caridade.

· Na terra do capitalismo, comprou suas primeiras ações aos 11 anos de idade.

· Comprou uma pequena granja aos 14 anos de idade com o dinheiro arrecadado como entregador de jornais.

· Vive há 50 anos na cidade de Omaha, Estados Unidos na mesmíssima casa que adquiriu quando casou. Esta simples moradia não tem muros nem cercas.

· Dirige seu próprio carro à toda parte, sem motorista ou seguranças.

· Administra 63 diferentes empresas e apenas uma vez por ano manda um relatório para os acionistas de sua empresa mais conhecida, a Berkshire Hathaway, cujas ações estão entre os de maior valor individual do mundo e no qual comenta quais serão as metas a serem seguidas para os seguintes 365 dias.

Este planejador financeiro faz questão de apregoar aos quatro ventos de que não possui bola de cristal e desconhece portanto o que possa ocorrer a qualquer pessoa, empresa ou país nos próximos 24 horas e não costuma prometer lucros mirabolantes para qualquer investimento nem pré dizer o valor de uma ação com data marcada. Sou apenas um mero seguidor dos princípios e regras de conduta de Warren Buffett, acrescentando algumas palavras aos sábios conselhos do mesmo.

Acredito piamente que é melhor termos nossas próprias finanças razoavelmente em ordem durante os anos que se passam até a nossa morte, em vez de vivenciar apenas alguns e poucos períodos de esplendor e pseudo riqueza para posteriormente ter de depender de filhos ou da caridade de outrem.

Lêem com atenção e tentem seguir alguns dos princípios do meu guru para terem maior probabilidade de sucesso na vida material e espiritual em suas vidas.

Meu próprio conselho; façam a si mesmos uma fundamental pergunta que considero a chave para o sucesso e maior felicidade;

“o que vale mais, ter alguns breves períodos de riqueza relativa ou conforto constante e tranqüilidade financeira, sem grandes preocupações, oscilações e imprevistos?”

Dependendo de suas próprias respostas a esta questão tão vital, ajam de acordo seguindo a orientação e conselhos de Warren Buffet que igualmente é a deste escrivão.

Caros leitores, me perdoem pois confesso humildemente que adicionei algumas poucas sentenças e conceitos ao dito pelo grande Warren Buffett em algumas de suas colocações.

· Duas simples regras regem as diretrizes para a administração de sua maior empresa, a Berkshire Hathaway e que são; nº 1, não perder dinheiro de seus acionistas e nº 2, não esquecer a regra nº 1.

· Ele não venera nem tenta impressionar governos ou a alta e sofisticada sociedade norte americana. Não ostenta, não bajula e procura levar uma vida simples de cidadão comum.

· Não creio que alguns dos meus leitores o queiram imitar (nem eu) no que a seguir vou dizer, mas aí vai outra de Warren Buffett; não andem com celular e nem possuam computador em vosso escritório.

· Este próximo conselho do Buffett é dirigido para nossos jovens e afoitos consumistas que pensam que cartão de crédito é a solução para qualquer problema; afastem-se dos cartões de crédito e invistam em vocês mesmos. Warren Buffett talvez não sabe que a taxa de juros em nossos país, está entre as mais elevadas do mundo e de que também somos dos povos mais inadimplentes, senão daria ainda maior ênfase a este conselho...

· Lembre-se constantemente de que não é o dinheiro que criou o homem, mas ao contrário, o homem foi que criou o dinheiro!

· Não emitam aos outros fazendo o que eles dizem e transmitem, mas façam o que seus próprios cérebros lhes diz ser o mais conveniente ou melhor. Não se tornem bajuladores que isso possa lhes levar a uma baixa auto estima e problemas ainda maiores.

· Não vão atrás de marcas e logotipos da moda, mas sejam autênticos e sintam orgulho de si mesmos.

· Não gastem dinheiro em coisas desnecessárias (supérfluas) mas sim em produtos e serviços que de fato necessitam.

· Não gastem o dinheiro que não tem. Empréstimos e crédito foram inventados pela sociedade de consumo e empresas de marketing especializadas que tentam incentivar artificialmente o consumo.

· Antes de adquirirem algo, pensem; o que acontecerá se não compro? Caso a resposta for “nada”, não o adquiram porque não o necessitam.

· Ao mundo nada trouxemos, nada iremos tampouco levar!

Louis Frankenberg,CFP® 3-11-2010

e-mail; perfinpl@com.br e lframont@gmail.com

Blog; www.seufuturofinanceiro.blogspot.com